De 1930 a 2018: a evolução da camisa do Brasil nas Copas

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O Brasil é o único país do mundo que disputou todas as edições da Copa. E, obviamente, o nosso uniforme evoluiu muito nestes 88 anos e 21 edições do torneio. Do Uruguai 1930 à Rússia 2018, veja as camisas que os craques da Seleção Brasileira usaram ao longo da história.

COPA DE 1930/1934

Nas duas primeiras edições da Copa, o Brasil jogou de camisa branca com detalhes em azul. A estrutura da gola lembrava uma polo, mas com cadarço no lugar dos botões. Completando o uniforme, havia bermuda azul e meião preto.

COPA DE 1938

Os brasileiros jogaram a Copa da França, em 1938, com um uniforme semelhante ao das edições anteriores. Mas desta vez a camisa ganhou uma gola em “V”. Outra curiosidade? Numa partida contra a Polônia, a Seleção usou pela primeira vez um uniforme todo azul, para não confundir com o branco dos poloneses.

COPA DE 1950

O Brasil foi a sede da Copa de 1950. As cores do uniforme não mudaram, mas a gola teve outra alteração: virou polo sem botões. Após a zebra de perdermos o título de virada para Uruguai, depois de abrirmos 1×0 jogando pelo empate, a camisa branca foi aposentada da Seleção, porque ganhou fama de dar azar para o Brasil.

COPA DE 1954

Aqui tivemos a estreia da camisa amarela com detalhes em verde, que ficou conhecida como “canarinho”. Ela foi ideia do jornalista e desenhista Aldyr Schlee, que venceu um concurso do jornal carioca “Correio da Manhã” para definir o novo uniforme da Seleção.

COPA DE 1958/1962/1966

A Seleção usou a mesma camisa de 1954 durante a competição de 1958, mas como a final foi contra o time da casa – a Suécia, que também jogava de amarelo – tivemos que improvisar e jogar de azul. Deu sorte, porque conquistamos o nosso primeiro título mundial. O uniforme continuou igual em 1962 e 1966.

COPA DE 1970

Houve uma mudança perceptível no uniforme usado durante a campanha do tricampeonato, no México: a gola arredondada.

COPA DE 1974

Três estrelas foram inseridas acima do escudo da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), em homenagem aos nossos títulos. De resto, praticamente nada mudou.

COPA DE 1978

Em 1978, pela primeira na história, a CBD assinou um contrato de fornecimento esportivo. A marca escolhida foi a Adidas, por isso o uniforme ganhou nas mangas as tradicionais três listras da marca.

COPA DE 1982

A CBD deu lugar à CBF. No novo escudo havia a taça Jules Rimet e um ramo de café, que representava o patrocínio do IBC (Instituto Brasileiro do Café). A Topper virou fornecedora da equipe, com seu logo estampado na manga.

COPA DE 1986

Tivemos quatro novidades na Copa de 1986: a gola polo voltou; o ramo de café foi embora; o logo da Topper passou a ser exibido na parte frontal da camisa; e acima de tudo, as fibras sintéticas começaram a ser usadas na composição do uniforme. Antes ele era 100% de algodão, o que dava um aspecto bonito quando seco, mas que encharcava de suor durante a partida e ficava pesado.

COPA DE 1990

Sem grandes novidades no uniforme, exceto pela duvidosa decisão de adotar uma gola que era um híbrido estranho da polo e “V”.

COPA DE 1994

As mudanças foram notáveis para a Copa de 1994, quando conquistamos o tetra nos Estados Unidos. Com o fornecimento da Umbro, a camisa ganhou uma imensa marca d’água trazendo o escudo da CBF, que mudou seu design: a taça Jules Rimet saiu e voltou a Cruz da Ordem de Cristo da antiga CBD.

COPA DE 1998

Na Copa da França, em 1998, começou a parceria do Brasil com a Nike. O escudo ganhou a nova estrela do tetra; a gola ficou redonda; e listras verdes foram incorporadas à manga. 

COPA DE 2002

Esse foi, provavelmente, o uniforme mais extravagante que a Seleção já usou numa Copa. A Nike colocou várias formas geométrica verdes espalhadas pela camisa. Apesar de estranha, deu sorte, porque trouxe o penta para o Brasil.

COPA DE 2006

Com um design mais clean e elegante, a camisa da Copa de 2006 trazia como diferencial a fenda em sua gola e uma textura alta em formato de escudo em volta do símbolo da CBF.

COPA DE 2010

Em 2010 o nosso uniforme seguiu a tendência minimalista apresentada em 2006, mas agora com a gola fechada e sem a textura em volta do escudo. Na manga, apareceu uma listra verde.

COPA DE 2014

Uma camisa clássica e simples que lembra os modelos vintage da década de 1970. O único detalhe mais diferente foi uma “ponta” na parte frontal da gola, mas que ficou harmônica.

COPA DE 2018

E então chegamos ao uniforme de 2018 que, se tudo correr bem, vai nos trazer o hexa. O minimalismo foi mantido, apenas com uma alteração na gola, que na parte frontal não traz mais o contorno verde. A camisa ficou muito bonita, não tem como negar.

Redação El Hombre

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