O Brasil é o único país do mundo que disputou todas as edições da Copa. E, obviamente, o nosso uniforme evoluiu muito nestes 88 anos e 21 edições do torneio. Do Uruguai 1930 à Rússia 2018, veja as camisas que os craques da Seleção Brasileira usaram ao longo da história.
Nas duas primeiras edições da Copa, o Brasil jogou de camisa branca com detalhes em azul. A estrutura da gola lembrava uma polo, mas com cadarço no lugar dos botões. Completando o uniforme, havia bermuda azul e meião preto.
Os brasileiros jogaram a Copa da França, em 1938, com um uniforme semelhante ao das edições anteriores. Mas desta vez a camisa ganhou uma gola em “V”. Outra curiosidade? Numa partida contra a Polônia, a Seleção usou pela primeira vez um uniforme todo azul, para não confundir com o branco dos poloneses.
O Brasil foi a sede da Copa de 1950. As cores do uniforme não mudaram, mas a gola teve outra alteração: virou polo sem botões. Após a zebra de perdermos o título de virada para Uruguai, depois de abrirmos 1×0 jogando pelo empate, a camisa branca foi aposentada da Seleção, porque ganhou fama de dar azar para o Brasil.
Aqui tivemos a estreia da camisa amarela com detalhes em verde, que ficou conhecida como “canarinho”. Ela foi ideia do jornalista e desenhista Aldyr Schlee, que venceu um concurso do jornal carioca “Correio da Manhã” para definir o novo uniforme da Seleção.
A Seleção usou a mesma camisa de 1954 durante a competição de 1958, mas como a final foi contra o time da casa – a Suécia, que também jogava de amarelo – tivemos que improvisar e jogar de azul. Deu sorte, porque conquistamos o nosso primeiro título mundial. O uniforme continuou igual em 1962 e 1966.
Houve uma mudança perceptível no uniforme usado durante a campanha do tricampeonato, no México: a gola arredondada.
Três estrelas foram inseridas acima do escudo da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), em homenagem aos nossos títulos. De resto, praticamente nada mudou.
Em 1978, pela primeira na história, a CBD assinou um contrato de fornecimento esportivo. A marca escolhida foi a Adidas, por isso o uniforme ganhou nas mangas as tradicionais três listras da marca.
A CBD deu lugar à CBF. No novo escudo havia a taça Jules Rimet e um ramo de café, que representava o patrocínio do IBC (Instituto Brasileiro do Café). A Topper virou fornecedora da equipe, com seu logo estampado na manga.
Tivemos quatro novidades na Copa de 1986: a gola polo voltou; o ramo de café foi embora; o logo da Topper passou a ser exibido na parte frontal da camisa; e acima de tudo, as fibras sintéticas começaram a ser usadas na composição do uniforme. Antes ele era 100% de algodão, o que dava um aspecto bonito quando seco, mas que encharcava de suor durante a partida e ficava pesado.
Sem grandes novidades no uniforme, exceto pela duvidosa decisão de adotar uma gola que era um híbrido estranho da polo e “V”.
As mudanças foram notáveis para a Copa de 1994, quando conquistamos o tetra nos Estados Unidos. Com o fornecimento da Umbro, a camisa ganhou uma imensa marca d’água trazendo o escudo da CBF, que mudou seu design: a taça Jules Rimet saiu e voltou a Cruz da Ordem de Cristo da antiga CBD.
Na Copa da França, em 1998, começou a parceria do Brasil com a Nike. O escudo ganhou a nova estrela do tetra; a gola ficou redonda; e listras verdes foram incorporadas à manga.
Esse foi, provavelmente, o uniforme mais extravagante que a Seleção já usou numa Copa. A Nike colocou várias formas geométrica verdes espalhadas pela camisa. Apesar de estranha, deu sorte, porque trouxe o penta para o Brasil.
Com um design mais clean e elegante, a camisa da Copa de 2006 trazia como diferencial a fenda em sua gola e uma textura alta em formato de escudo em volta do símbolo da CBF.
Em 2010 o nosso uniforme seguiu a tendência minimalista apresentada em 2006, mas agora com a gola fechada e sem a textura em volta do escudo. Na manga, apareceu uma listra verde.
Uma camisa clássica e simples que lembra os modelos vintage da década de 1970. O único detalhe mais diferente foi uma “ponta” na parte frontal da gola, mas que ficou harmônica.
E então chegamos ao uniforme de 2018 que, se tudo correr bem, vai nos trazer o hexa. O minimalismo foi mantido, apenas com uma alteração na gola, que na parte frontal não traz mais o contorno verde. A camisa ficou muito bonita, não tem como negar.
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