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Decifrando Nietzsche: 10 Frases Impactantes sobre Amor e Ódio

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Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, é amplamente reconhecido por sua obra profunda e, muitas vezes, controversa. Suas reflexões sobre amor e ódio são particularmente instigantes, provocando reflexões que transcendem o tempo. Este artigo explora dez de suas frases mais significativas sobre estes temas. Polêmicas? Talvez. Ainda assim, no entanto, as suas complexidades e nuances são absolutamente preciosas.

Cobiça e amor: que sentimentos diversos evoca essas duas palavras em nós! E poderia, no entanto, ser o mesmo impulso que recebe dois nomes.

Nietzsche, aqui, questiona a natureza do desejo humano. A cobiça e o amor, embora pareçam opostos, podem ser manifestações do mesmo impulso fundamental. Essa ideia desafia nossa percepção usual, ao passo que sugere uma interconexão mais profunda entre nossos sentimentos mais intensos.

Pode-se prometer atos, mas não sentimentos; pois estes são involuntários. Quem promete a alguém amá-lo sempre, ou sempre odiá-lo ou ser-lhe sempre fiel, promete algo que não está em seu poder.

Nietzsche ressalta a natureza involuntária dos sentimentos. Prometer amor eterno ou ódio constante, algo que fazemos frequentemente, é prometer o impossível, pois os sentimentos escapam ao nosso controle consciente. Essa reflexão nos leva a questionar a validade e a realidade das promessas feitas no calor da emoção.

Para a doença masculina do autodesprezo, o remédio mais seguro é ser amado por uma mulher inteligente.

Aqui, Nietzsche sugere que o amor de uma mulher inteligente pode ser um poderoso antídoto contra a autodepreciação. Ele valoriza a inteligência feminina como uma força curativa, simultaneamente destacando a importância do reconhecimento e do afeto no tratamento das inseguranças pessoais.

Há mulheres por, por mais que as investiguemos, não possuem interior, são puras máscaras. É digno de pena o homem que se envolve com estes seres quase espectrais, inevitavelmente insatisfatórios, mas precisamente elas são capazes de despertar da maneira mais intensa os desejos de um homem: ele procura a sua alma – e continua procurando para sempre.

Nietzsche aborda a complexidade das relações amorosas e a percepção de superficialidade em certas pessoas – que, conforme ele, são “puras máscaras”. Ele sugere que algumas mulheres podem parecer enigmáticas e inalcançáveis, despertando um desejo infindável de entendimento que, no fim, pode nunca ser satisfeito.

Ao iniciar um casamento, o homem deve se colocar a seguinte pergunta – você acredita que gostará de conversar com esta mulher até na velhice? Tudo no casamento é transitório, mas a maior parte do tempo é dedicada à conversa.

Nietzsche aqui destaca a importância da comunicação e da compatibilidade intelectual no casamento. Ele sugere que a sustentabilidade de um casamento depende, por analogia, menos das paixões efêmeras e mais da capacidade de desfrutar da companhia um do outro ao longo do tempo.

O que é o amor, senão compreender que uma outra pessoa viva, aja e sinta de modo diverso e oposto do nosso, e alegrar-se com isso? Até o amor a si mesmo tem por pressuposto a mais irredutível dualidade (ou pluralidade) numa única pessoa.

Nietzsche define amor como a celebração e aceitação das diferenças. Como resultado, ele vê o amor como uma força que nos permite apreciar e encontrar alegria nas qualidades únicas de outra pessoa, mesmo que sejam radicalmente diferentes das nossas.

Todo grande amor traz consigo o cruel pensamento de matar o objeto amado, para subtraí-lo de uma vez por todas ao sacrílego jogo da mudança – pois o amor receia mais a mudança do que o aniquilamento.

Esta frase destaca, enfim, o medo inerente à mudança dentro do amor. Nietzsche sugere que o amor pode ser tão intenso que a ideia de perder o objeto amado ou vê-lo mudar é quase insuportável, a ponto de preferirmos a sua aniquilação.

Alguém disse: “Acerca de duas pessoas nunca refleti profundamente: trata-se do atestado de meu amor por elas”.

Nietzsche aqui sugere que o verdadeiro amor pode transcender a necessidade de análise ou entendimento profundo. O amor, em sua forma mais pura, pode existir sem a necessidade de racionalização ou explicação. Mais: talvez, quando refletimos profundamente sobre uma pessoa, estamos propensos a encontrar seus defeitos. Quando a aceitamos como é, e a amamos, é uma história totalmente diferente.

O que se faz por amor sempre acontece além do bem e do mal.

Primeiramente, Nietzsche coloca aqui o amor fora das categorias convencionais de moralidade. Ele argumenta que as ações motivadas pelo amor existem em uma esfera separada, não sujeitas aos julgamentos habituais de certo e errado.

O pensamento do suicídio é um forte consolo: com ele atravessamos mais de uma noite ruim.

Aqui, Nietzsche reconhece o pensamento do suicídio como um refúgio mental em tempos de desespero. Embora controversa, essa reflexão sugere a busca por algum controle ou consolo em momentos de extrema angústia. Esse pensamento, porém, não é exclusividade dele; os estoicos disseram constantemente coisass semelhantes.

Reflexões Finais: Além do Pensamento Convencional

Nietzsche, com suas observações sobre amor e ódio, nos convida a repensar conceitos e sentimentos arraigados. Suas palavras desafiam a simplicidade com que frequentemente abordamos temas complexos como amor, ódio, e a natureza humana. Ao explorar essas dez frases, somos levados a uma jornada de autoconhecimento e reflexão, uma jornada que, tal como Nietzsche, nos desafia a olhar além do óbvio. E, antes que encerre esse texto, sugerimos que dê uma olhada na lista de obras do autor e escolha uma delas para se deleitar.

Camila Nogueira Nardelli

Leitora ávida, aficcionada por chai latte e por gatos, a socióloga Camila escreve sobre desenvolvimento pessoal aqui no El Hombre.

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