Em uma recente exploração do planeta vermelho, o rover Curiosity da NASA identificou um intrigante padrão hexagonal em depósitos de sal. Esses padrões são surpreendentemente semelhantes às bacias terrestres que secam sazonalmente, oferecendo uma nova perspectiva sobre a antiga história de Marte. Segundo uma reportagem publicada no Futurism, essa descoberta é a “primeira evidência fóssil de um clima marciano sustentado, cíclico e regular com estações secas e úmidas”.
O estudo, publicado na revista Nature, sugere que, ao invés de atividades hidrológicas esporádicas induzidas por impactos ou vulcões, os achados apontam para um clima sustentado, cíclico e possivelmente sazonal no início da história de Marte. Isso nos aproxima da confirmação de que Marte passou por períodos de estações ricas em água e condições muito mais secas, levantando a questão de se Marte já foi repleto de vida como a Terra é hoje.
O rover Curiosity, que tem explorado as paisagens desérticas de Marte por mais de uma década, identificou essas rachaduras na lama enquanto ascendia as camadas sedimentares do Monte Sharp. À medida que a lama marciana da área seca, ela encolhe e racha, formando junções em forma de T. No entanto, os cientistas agora acreditam que a exposição prolongada e recorrente à água provavelmente fez com que essas rachaduras se transformassem em junções em forma de Y, formando padrões hexagonais.
“Esta é a primeira evidência tangível que vimos de que o antigo clima de Marte tinha ciclos úmidos e secos regulares e semelhantes aos da Terra”, disse o autor principal William Rapin, do Institut de Recherche en Astrophysique et Planétologie da França. Além disso, esses ciclos úmidos e secos podem ter sido cruciais para a evolução molecular que poderia levar à vida. “Ao longo de 11 anos, encontramos evidências suficientes de que a antiga Marte poderia ter sustentado vida microbiana”, disse o cientista do projeto Curiosity, Ashwin Vasavada. “Agora, a missão encontrou evidências de condições que também podem ter promovido a origem da vida.”
Com essas descobertas revolucionárias, a busca por vida em Marte ganha um novo impulso. As evidências sugerem que o planeta vermelho não era apenas um deserto inóspito, mas um mundo com ciclos sazonais, semelhantes aos da Terra. Isso não apenas redefine nossa compreensão de Marte, mas também reacende a esperança de encontrar sinais de vida passada ou até mesmo presente no planeta. A medida que continuamos nossa exploração, cada descoberta nos aproxima de responder à eterna pergunta: estamos sozinhos no universo?
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