Todos sabem que dormir bem é essencial para a vida em todos os sentidos. Mas o incrível é que, mesmo não ignorando isso, poucos pensam com cuidado nesse fator. É normal favorecemos outras opções em detrimento de algumas horas de sono. É como se dormir fosse uma variável flexível, que podemos ajustar de acordo com nossos desejos.
Bem, na verdade é. Tanto que fazemos. Mas isso não passa sem grandes malefícios para nosso viver. Já falamos sobre isso. Esse texto republicado no começo do ano lista 6 resultados nada agradáveis que esse hábito ocasiona.
Mas hoje eu li uma pesquisa publicada nessa semana que aumentou o número de itens nessa lista. O estudo relaciona uma noite mal dormida com declínio cognitivo.
Para quem não sabe, cognição é um conceito muito complexo, mas podemos dizer, rasamente, que é nossa capacidade de adquirir conhecimentos, considerando todos os fatores que envolvem esse processo (memória, atenção, percepção, linguagem, raciocínio e outros). Em termos geral, associa-se a palavra “cognitivo” à “intelectual”, apesar de ser bem simplista.
Considerando isso, se nossa cognição está sendo prejudicada pelas noites mal dormidas, o razoável a se fazer é tentar mudar essa realidade. Ou melhor, é o mínimo a se fazer. Não tomar nenhuma atitude é ilógico. Ou, em outras palavras – e com todo o respeito – burro.
Você pode dizer que não tem tempo, que não consegue. Ok, isso até pode ser verdade. Mas também pode não ser.
Se você fizer uma lista das prioridades em sua vida, é bem possível que o “dormir bem” não encabece nem o top 5. Antes dele virão (com certeza) o trabalhar, se higienizar, comer, (provavelmente) estudar, namorar, (possivelmente), sair de balada, assistir futebol, malhar.
Mas “dormir bem” deveria estar junto do trabalhar, se higienizar e comer. Simplesmente porque é uma necessidade básica. Contudo, como as consequências desse fator não são tão explícitas como a dos outros – apesar de serem muito claras – acabamos o negligenciando. Já demos algumas dicas de como melhorar a qualidade de seu sono (leia aqui e aqui).
A pesquisa não diz que uma noite mal dormida causa declínio cognitivo. Ela apenas relata uma associação entre uma e outra coisa. E isso nem é uma novidade. Outros estudos já haviam chegado ao mesmo resultado.
Acontece que isso é algo tão importante em nossas vidas que não podemos mais ser relapsos nesse sentido se quisermos ter qualidade de vida. E, me diz, quem não quer? Afinal, de que adianta estar cheiroso, bem alimentado e com dinheiro no bolso se não estivermos em condições de aproveitar a vida?
Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.
Saiba Mais