Há pessoas que se habituaram a viver e trabalhar em ambientes desorganizados. Esse estilo de vida tem como ponto de partida a própria casa. Ambientes como guarda roupas, banheiro, cozinha, quintal são o retrato do caos. Objetos fora do lugar desafiam qualquer tipo de lógica organizativa. O mesmo cenário deverá ser encontrado no porta malas do carro ou ainda na forma aleatória de armazenar arquivos no computador pessoal.
Enquanto o caos estiver restrito à dimensão exclusivamente pessoal, ninguém estará autorizado a criticar a desorganização – afinal de contas, temos que respeitar o estilo de vida e as preferências de cada pessoa. Já ouvi gente dizer que consegue ser mais eficiente no seu ambiente “bagunçado”, pois vê nele um tipo de organização bastante singular, que só o seu dono é capaz de entender.
Entretanto, quando o profissional “caótico” chega ao escritório e começa a se envolver no trabalho em equipe, os problemas e conflitos começam a emergir. Um antigo princípio gerencial alerta para a necessidade de colocarmos preferências individuais abaixo dos interesses coletivos. Quem não segue essa lógica, não consegue se fixar em nenhum emprego, nem projeto profissional.
Assim, para se dar bem no mundo corporativo, onde a maior parte do trabalho depende do esforço e talento de uma equipe, é fundamental assimilar a prática de agir de forma organizada e sistemática, respeitando normas e métodos de trabalho, mesmo que isso signifique uma dose de sacrifício e sofrimento de quem se acostumou a criar suas próprias regras e formas alternativas de conquistar o que quer, atingindo resultados individuais tão bons ou até melhores, que os metódicos e organizativos.