Temos a sorte de ver em solo brasileiro uma lenda viva do futebol mundial: Rogério Ceni. E devemos aproveitar que ele ainda está em campo até o último minuto.
Tenho um apreço significativo pelo goleiro. Podem falar o que for, chamarem-no de chato ou darem qualquer adjetivo depreciativo, mas o cara merece todo o respeito. Aos menos o respeito daqueles que amam futebol.
E mesmo aqueles que continuarem odiando o arqueiro artilheiro terão que engolir mais um grande feito nesta sua carreira vitoriosa que está perto do fim.
Aos 41 anos, Rogério Ceni conquistou mais um recorde em sua invejável trajetória no esporte. Tornou-se o jogador profissional com mais vitórias pelo mesmo clube no futebol mundial (todas em partidas oficiais).
Desbancou o galês Ryan Giggs, que venceu 589 vezes pelo Manchester United-ING e já se aposentou. O feito foi atingido nessa segunda, quando o São Paulo bateu o Goiás por 3 a 0, no Morumbi.
Foi a 590ª vitória do jogador pelo tricolor paulista.
Com a aposentadoria anunciada para o fim deste ano, Rogério deixará os gramados com quatro recordes mundiais reconhecidos pelo livro do Guinness. Ele também é jogador que mais defendeu a camisa de um mesmo clube (1.117 jogos), o que mais vezes foi capitão (866) e o goleiro com o maior número de gols (113).
Os números são de novembro do ano passado, última vez que o Guinness os contou. Desde então, eles só aumentaram.
E você acha que isto está bom para ele? Claro que não. “Gostaria de parar (encerrar a carreira) campeão, com o São Paulo campeão. Essas marcas individuais são muito bacanas, mas não é nada mais que trabalho, dia a dia, é bem natural. Qualquer ser humano que fica 20 anos no mesmo lugar bate marcas. O difícil é ficar 20 anos na mesma casa, com a mesma vontade. Agradeço a Deus por ter me permitido isso”, afirmou Ceni.
Um exemplo de profissional. Um atleta que não existe mais no futebol brasileiro, e quem sabe até no mundial. Alguém que dedicou sua vida ao trabalho, conquistou tudo o que podia e atingiu feitos incontestáveis. Este é Rogério Ceni. Um símbolo do esporte brasileiro.
Já sentimos sua falta mesmo ainda restando menos de dez jogos para o fim da carreira. Esta não é uma homenagem de um são-paulino ou fã (como sou), mas, sim, de um amante do esporte. Parabéns Rogério e que bom que pude lhe ver em campo várias vezes.
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