As próximas cinco décadas prometem revolucionar o panorama econômico mundial. De acordo com estimativas recentes do Goldman Sachs, nações emergentes e com grandes populações dominarão o ranking das maiores economias do mundo até 2075, deslocando potências estabelecidas que dominaram a lista por décadas.
Espera-se que os Estados Unidos, atual líder do PIB global, caia para a terceira posição, sendo superado por China e Índia, países com populações acima de 1 bilhão de habitantes. Atingindo novas altitudes, nações como Indonésia, Nigéria, Paquistão e Egito emergirão como potências econômicas, superando inclusive o Brasil, que possivelmente se consolidará como a oitava maior economia mundial.
Evolução e causas da mudança
O ritmo de crescimento da população é um determinante crítico na nova ordem econômica. Enquanto o Brasil experimenta uma desaceleração na taxa de crescimento populacional, apontando para um rápido envelhecimento e consequente desafio de força de trabalho, países como Nigéria, Paquistão e Egito têm projeções de crescimento populacional robustas.
“Esses países, com crescimento populacional acelerado e políticas adequadas, podem se tornar algumas das maiores economias do mundo”, projeta o Goldman Sachs.
A China está projetada para superar os EUA como a maior economia em 2033. A Índia, por sua vez, tem expectativa de ultrapassar o PIB dos Estados Unidos apenas em 2075.
A relevância da renda per capita
Enquanto o PIB total de uma nação é um indicador da sua força econômica, a renda per capita é um retrato mais realista do bem-estar de seus cidadãos. Até 2075, mesmo com PIBs semelhantes aos dos Estados Unidos, China e Índia terão renda per capita significativamente menor.
Além disso, apesar de o Brasil figurar entre as maiores economias em termos de PIB, a desvalorização da moeda e outros fatores internos têm pressionado o poder de compra dos brasileiros.
Porém, existe uma luz no fim do túnel. A expectativa é de que a renda per capita em muitos países emergentes se aproxime das cifras encontradas nos países desenvolvidos, o que significa menos desigualdade e melhores condições para os trabalhadores.