É impressionante como o cinema tem um poder gigantesco sobre nós. Os ensinamentos que uma simples tela pode proporcionar em torno de duas horas, é algo indescritível. E é justamente isso que Em um Bairro de Nova York proporciona.
A convite da Warner Bros Pictures, fomos conferir em primeirão mão Em um Bairro de Nova York. Vale lembrar que a pandemia está sendo superada a cada dia, portanto, a sessão foi realizada com todos os protocolos de segurança. Tais medidas se estendem para todos os cinemas brasileiros, para que você possa se divertir com segurança.
O longa é a adaptação para o cinema do musical premiado da Broadway, In the Heights, escrito por Lin-Manuel Miranda. Assim como na peça, o filme conta uma história inspiradora através de uma comunidade latina cheia de sonhos, desde os mais simples, aos mais ousados. Com muitas cores, música e dança, mostra que para tirar seus sonhos do papel, é preciso antes de mais nada, entender o seu verdadeiro propósito.
As luzes se acendem em Washington Heights. O cheirinho de um cafecito caliente paira no ar, na saída da estação de metrô da Rua 181, onde um caleidoscópio de sonhos mobiliza essa comunidade vibrante e muito unida. No meio de tudo, temos o querido e magnético dono de uma mercearia, Usnavi, que economiza cada centavo do seu dia de trabalho enquanto torce, imagina e canta sobre uma vida melhor.
Se existe algo que chama atenção Em um Bairro de Nova York são suas canções. Diferente de algumas produções, que usa esse recurso como mero entretenimento, aqui são usadas para dar força à história, fazendo o espectador torcer por cada personagem. E para deixar tudo mais atrativo, conta com sequências musicais estonteantes, convidando o público a movimentar os pés dentro da sala de cinema.
Falando nisso, Em um Bairro de Nova York precisa ser conferido na maior tela possível! É essencial vivenciar o longa dentro de uma sala escura, para sentir a vibração da história por completo. Cada cena com uma apresentação musical é pensada nos mínimos detalhes, tanto nos cenários quanto em coreografias. Mas indo além disso, as letras de cada uma delas é um presente para o público. Conseguem fazer com que até a pessoa mais sisuda esboce um sorriso e cante algum refrão junto. E quando isso acontece, você se dá conta que aquela canção também serve perfeitamente em sua vida. E sabe porque isso acontece? Pelo simples fato de que os personagens da história são sonhadores, assim como todos nós. Só que não basta sonhar, é preciso enxergar o seu verdadeiro sentido. E isso, o filme faz com maestria.
Verdade seja dita, Lin-Manuel Miranda (que fez Hamilton) sabe fazer um musical como ninguém! E Em um Bairro de Nova York brilha mais uma vez ao mesclar diversos gêneros musicais em uma única canção. Ao mesmo tempo em que você está ouvindo uma voz melancólica e suave, entra em cena um dançante hip hop que é finalizado com um coral ao fundo. E sim meus amigos, tudo isso em uma única música, sem atrapalhar cada ritmo. Um trabalho impecável, e diga-se de passagem, incrível para os ouvidos!
Além dessa “mistura” musical, o filme triunfa em mesclar nacionalidades. Trás uma perspectiva de realização aos latinos que enxergam em Nova York, o tão sonhado sucesso. Só que, indo ao lado oposto do que estamos acostumados em ver desta famosa cidade, “entramos” em um bairro pobre e sem glamour, totalmente diferente de tudo que já vimos. E nele, conhecemos personagens fortes, que sonham com a igualdade e oportunidade de uma vida justa, já que somos um só povo.
Com isso, Em um Bairro de Nova York usa como palco um lugar caótico para mostrar que otimismo está dentro de cada ser. E com muita Paciencia y Fe, todos somos capazes de alcançar nossas próprias conquistas, sejam elas amorosas, profissionais ou pessoais.
AVISO: o filme chegou hoje nos cinemas brasileiros, dia 17 de junho!
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