O Studio Ghibli, desde sua fundação, tem sido uma fonte inesgotável de magia e inovação no mundo da animação. Através de suas criações, transportou espectadores para mundos onde a fantasia e a realidade se fundem de maneira poética. Porém, por trás de suas aclamadas obras, existem curiosidades que muitos fãs e seguidores podem não conhecer. Este artigo desvenda sete desses segredos pouco conhecidos, mostrando o que faz do Studio Ghibli um estúdio verdadeiramente único.
1# O último projeto antes do Studio Ghibli
Antes de conceberem o mundo mágico do Studio Ghibli, Hayao Miyazaki e Isao Takahata dedicaram seus talentos a diversas produções. A última delas, antes de fundarem o estúdio, foi a série “Akage no An”. Baseada em “Anne of Green Gables”, de L.M. Montgomery (a mesma obra que inspirou a série “Anne With an E”), este projeto refletiu o compromisso da dupla com narrativas profundas e personagens ricamente desenvolvidos, prenunciando o que viria a ser a essência do Studio Ghibli.
2# Compromisso com a justiça social
Miyazaki e Takahata não só criaram um império da animação, como também se destacaram por suas convicções sociais. Ambos atuaram ativamente nos sindicatos de suas anteriores empresas, garantindo direitos trabalhistas e fomentando um ambiente de trabalho harmonioso no Studio Ghibli. A formação de Miyazaki em Ciências Políticas e Economia reflete seu profundo interesse por justiça social, um valor que permeia o ethos do estúdio.
3# Influência do Xintoísmo
Os filmes do Studio Ghibli vão além do entretenimento, trazendo uma forte influência do Xintoísmo. Esta religião japonesa, que enxerga deuses e espíritos em todos os aspectos da natureza, ressoa profundamente nas narrativas do estúdio. Histórias que celebram a coexistência pacífica entre seres humanos e o meio ambiente são um testemunho da crença na harmonia universal, princípio fundamental do Xintoísmo.
4# Castelo no Céu: O início de uma era
O lançamento de “Castelo no Céu” em 1986 marcou o início da jornada do Studio Ghibli na indústria da animação. Apesar de seu sucesso moderado, foram “O Túmulo dos Vagalumes” e “Meu Vizinho Totoro”, ambos de 1988, que catapultaram o estúdio ao estrelato global. Esses filmes não apenas solidificaram a reputação do Ghibli, mas também asseguraram a viabilidade financeira para futuras produções.
5# A obra anterior ao Studio Ghibli
Embora “Castelo no Céu” seja oficialmente o primeiro filme do Studio Ghibli, obras anteriores de Miyazaki, como “Nausicaä do Vale do Vento” e “O Castelo de Cagliostro”, são frequentemente associadas ao estúdio devido ao seu estilo e temáticas. Esses filmes, produzidos em outras companhias, já evidenciavam o talento e a visão única de Miyazaki, prenunciando o que seria a assinatura do Ghibli.
6# Espelhos da vida de Miyazaki
A história de Mei e Satsuki em “Meu Vizinho Totoro” não é apenas uma fábula encantadora; ela reflete as próprias experiências de infância de Miyazaki. Assim como as personagens, Miyazaki e sua família percorreram o Japão em busca de tratamento para a grave doença de sua mãe. Esta jornada pessoal é transposta para o filme, conferindo-lhe uma camada adicional de profundidade emocional.
7# Totoro nos palcos de Londres
Em 2022, “Meu Vizinho Totoro” ganhou uma nova vida nos palcos de Londres, transformado em um musical com músicas de Joe Hisaishi e Will Stuart. O espetáculo não só foi um sucesso de crítica, recebendo seis Laurence Olivier Awards, como também conquistou o público, permanecendo em cartaz até hoje. Este triunfo ilustra o poder duradouro das histórias do Studio Ghibli de encantar e inspirar gerações.
8# O casamento da princesa
Em um gesto que evidencia o profundo impacto cultural do Studio Ghibli, em 2005, a Princesa Sayako do Japão escolheu para o seu casamento um vestido inspirado na personagem Clarisse do filme “O Castelo de Cagliostro”. Este fato, mais do que uma simples escolha de moda, simboliza a reverência e a admiração que a sociedade japonesa nutre pelas criações de Miyazaki. “O Castelo de Cagliostro”, embora tecnicamente não seja um filme do Ghibli, como dissemos, é no entanto associado ao estúdio devido à direção de Miyazaki e aos temas abordados.