O ritmo que a seleção americana tem empregado na Copa do Mundo está evidenciando uma paixão na terra do Tio Sam por futebol pouco conhecida pelos torcedores mundiais.
O soccer pegou nos EUA e o Mundial aflorou ainda mais o gosto do americano pela modalidade.
Quando a seleção americana entrar em campo, nesta segunda-feira, contra a Bélgica, às 17h, pelas oitavas de final da competição, pode ter certeza que milhões de torcedores em vários estados do país estarão acompanhando o duelo.
Só no Brasil 150 mil pessoas vieram, com ingressos, para ver a Copa – é o segundo país que mais foi vendido bilhetes, atrás apenas do Brasil.
Atualmente há cerca de 20 milhões de praticantes de futebol nos Estados Unidos, e os produtos licenciados ligados ao esporte já faturam mais de US$ 900 milhões (R$ 2,1 bilhões).
Só para se ter uma ideia de como o futebol já é realidade e a Copa causa paixão por lá, a final da Copa de 2010 apresentou audiência de 24 milhões de telespectadores no país. Isso representa uma audiência maior que a final da liga de beisebol, a World Series – a principal liga de beisebol do país.
A rede de TV americana ESPN revelou que os índices de audiência para a partida entre Brasil e Croácia (vitória brasileira por 3 a 1), válido pela abertura da Copa, foram os melhores da história do país para um jogo de abertura da Copa do Mundo, e aumentaram em 52% frente à estreia da Copa de 2010.
Além disso, o campeonato local – a Major League Soccer – tem números expressivos comparados ao futebol brasileiro.
A competição apresentou uma média de público de 18 mil torcedores por partida, média superior à registrada pela NBA e pela NHL (principal campeonato de hóquei), que tradicionalmente apresentam um índice de ocupação das arenas mais alto que o da MLS. A média de público da MLS é superior a de outras importantes competições nacionais do Brasil, Argentina e Portugal.
Todo esse patriotismo e o novo amor pelo futebol têm dado resultado.
Em campo, os americanos têm conseguido dar evidências de que podem ir ainda mais longe nesta Copa e, mesmo cientes das dificuldades, sonhar em repetir um feito que poucos amantes do futebol sabem: a terceira colocação conquistada pelo país em 1930, na primeira Copa, disputada no Uruguai.