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Está na hora de trocar o seu treino?

Se você quer obter resultados positivos na academia, trocar seu treino com certa regularidade é algo importante. Ficar anos com a mesma série de exercícios vai te deixar estagnado. Mas mudar com muita frequência também é prejudicial ao seu desempenho. Vamos entender melhor, então, por que nenhuma destas duas táticas é a ideal.

Quando a troca é frequente demais, você não dá ao seu corpo — e sua mente — o tempo necessário para se adaptar ao treino. Assim, desperdiça-se muita energia à toa.

Há uma metodologia muito utilizada pelos personal trainers que você pode seguir, caso goste de variar na academia. Ela consiste em acrescentar, a cada semana, um ou dois exercícios diferentes dos realizados no treinamento daquele dia. Essa é uma excelente estratégia na qual é possível mudar a estrutura do treinamento constantemente sem afetar os resultados. Um exemplo:

  • SEMANA #1: Supino com barra
  • SEMANA #2: Supino com barra + abdominal reto
  • SEMANA #3: Supino com barra + addomonial reto na bola
  • SEMANA #4: Supino com barra

O sinal de mais significa que o segundo exercício deve ser realizado sem descanso após o primeiro. Vale notar também que esse é um exemplo de um único exercício (supino) e que você pode usar essa estratégia em dois ou três exercícios do treinamento de cada dia, mas não use em todos.

É importante, no entanto, não envolver exatamente a mesma musculatura nessa sequência. Ou seja, elevação lateral + tríceps pode; já
 elevação lateral + supino reto não é o ideal. É necessário, igualmente, um cuidado muito grande com o tempo de descanso e a forma de execução das séries para não alterar outras características, que podem vir a tornar o treinamento diferente.

O outro problema clássico é o chamado “amor pelo treino”, em que a pessoa não quer trocá-lo pois  “deu resultado”. Sim, meu amigo, deu resultado. Mas após certo período, para de funcionar.

Por quê? O treinamento nada mais é do que um estímulo para que reações aconteçam. E, se você estiver extremamente habituado a um determinado treino, a tendência é que ele dê menos resultado e as respostas vão progressivamente diminuindo até não produzir mais efeito algum.

Para evitar esta armadilha, é importante entender que em uma progressão de treino mudanças devem ser feitas – mas não se deve alterar 100% do treinamento todo mês. Uma sugestão básica é: mantenha 50% e modifique 50%. Faça uma progressão de dificuldade, troque a ordem — e  não se esqueça do mais importante: sempre progrida. Essa é a chave para o sucesso.

Ricardo Wesley
Ricardo Wesley
O educador físico Ricardo Wesley trabalha há 10 anos com treinamento físico. Ele é especialista em Fisiologia do Exercício; tem MBA em Gestão & Estratégia Empresarial; é mestre em Ciências da Reabilitação e doutorando em Imunologia.