Vou fazer uma proposta a você, leitor: ouça a música “Só Love” de Claudinho e Buchecha e volte a esse texto daqui uns 15 minutos. Assim podemos fazer nossa própria pesquisa para verificar se o resultado alcançado no estudo abaixo realmente dá certo.
Acontece que alguns pesquisadores da University of Reading resolveram salvar nossas vidas e encontraram uma maneira simples de tirar uma música chiclete da cabeça: mascando um chiclete.
Coincidência entre os “chicletes”? Não. A ideia parte da teoria da “programação motora articulatória”.
O estudo foi publicado no Quarterly Journal of Experimental Psychology e testou esse plano, aparentemente bobo, para ver se dava certo.
E deu.
Foram realizados três experimentos diferentes.
No primeiro os participantes escutaram a música “Play Hard“, do David Guetta, e depois relataram todas as vezes que pensaram na música, mas sem ouvi-la em suas cabeças. E isso diante de duas consignas: (1) tentando impedir que a canção surgisse na mente; (2) sem restrições.
No segundo a ideia era a mesma, só que os voluntários relataram tanto as vezes que pensaram na música, quanto as vezes em que a ouviu em suas cabeças.
Nas duas experiências mascar chiclete influenciou na quantidade de vezes que os participantes pensaram na música e a escutaram subjetivamente.
No terceiro experimento os pesquisadores quiseram verificar se qualquer atividade motora tem poder para acabar com as músicas chicletes. Para isso eles separaram dois grupos que ouviram “Payphone“, do Maroon 5: um com goma de mascar e outro estalando os dedos.
O estalar influenciou no combate à música que fica na cabeça, mas consideravelmente menos do que o chiclete.
Então, se você aceitou a proposta do começo do texto, masque um chiclete agora e nos diga se dá certo.
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