Quer conhecer de verdade uma pessoa? Jogue-a no trânsito. O cara pode ser tranquilão, pacificador, aparentar grande sabedoria no dia a dia — mas deixe-o alguns minutos num tráfego selvagem e ele revelará sua verdadeira identidade.
Ninguém escapa ao julgamento de caráter do trânsito.
Costumamos dizer que as pessoas se transformam quando estão dentro de seus carros. Mas, sabe de uma coisa, eu diria que elas se transformam em todos os outros momentos do dia — e que nos instantes em que estão nas ruas é que realmente se mostram.
Observando que a situação da convivência entre motoristas é um tanto quanto complexa, o pessoal da London School of Economics and Political Science, junto da Goodyear (marca de pneu), resolveu fazer um trabalho para revelar os 7 tipos de motoristas que se encontra nas ruas.
Para chegar à conclusão, os voluntários responderam como “lidavam com seus próprios sentimentos e com a incerteza sobre o comportamento de outros motoristas”.
Veja, então, a conclusão:
O PROFESSOR (the teatcher)
É o cara que, ao observar um erro de outro motorista, faz questão de mostrar que ele errou. Se não bastasse, ainda sente necessidade de ser reconhecido pelos ensinamentos ofertados.
O SABE TUDO (the know it all)
Tem bastante sabichão por aí. Esse tipo está convencido que todos os outros motoristas são uns idiotas que não sabem de nada – mas ele sabe de tudo. Costumam gritar com todos. Mas, geralmente, com o vidro levantado para não correr nenhum risco.
O COMPETIDOR (the competitor)
É incrível como esse estudo acertou na mosca. Dá uma olhada nesse tipo: o competidor é aquele que acha que está numa competição. Já não diz tudo? Quer ultrapassar a todos e, quando alguém toma a sua frente, mesmo que inocentemente, fica maluco e procura retomar seu lugar – ou seria sua “posição”?
O CARRASCO (the punisher)
Assim como “o professor”, esse cara quer ensinar aqueles que agem equivocadamente. A diferença é que “o carrasco” não vai medir forças para isso. Sabe aquele tipo que fecha a rua, sai do carro e começa a bater no vidro do outro motorista — geralmente com um taco de beisebol na mão? Então…
O FILÓSOFO (the philosopher)
O filósofo é uma figura interessante. Quando alguma situação de desequilíbrio acontece no trânsito, ele para, respira, e racionaliza o cenário para compreendê-lo. “Na maioria das vezes eu não fico estressado. Todo mundo está na correria”, disse um dos voluntários. Perfeito, afinal, se perturbar pelo erro dos outros não vai nos trazer nada de bom. Não faz sentido?
O ESQUIVADOR (the avoider)
Esse cara é até que parecido com “o filósofo”. O que varia é que ele age com certa indiferença. Procura não dar atenção aos problemas do trânsito, vendo-os como perigo em potencial. Por isso, diminui a velocidade ou muda de faixa para evitar confrontos. Às vezes pode ser aquele cara que anda a 20 km/h na sua frente — e não vai acelerar por nada nesse mundo.
O EVASIVO (the escapee)
Por fim, temos aquelas pessoas que fazem de tudo para fugir da conturbada realidade do trânsito. Falam no celular, ligam o som, usam todos os recursos para se distrair. Eles se isolam do mundo real, criando uma linda fantasia em seu próprio carro. É uma estratégia para não se sentir frustrado e para não ter que lidar com os outros motoristas.
E aí, se identificou com algum tipo?
O interessante é que essas características não são fixas. Cada um de nós assume várias personalidades em vários momentos.
O psicólogo Dr. Chris Tennant, que orientou a pesquisa, disse: “De um ponto de vista psicológico, esses diferentes tipos de personalidade representam diferentes características que os motoristas usam para lidar com suas frustrações e fortes sentimentos. Nós não somos um ou outro tipo a todos os instantes.”
Lembro que, há algum tempo, quando jogava poker, percebi que as pessoas adotavam características na mesa que as representavam na vida. Elas eram jogando o que eram vivendo.
E, agora, penso da mesma maneira com essa pesquisa. Ela descreveu 7 tipos de motoristas — mas podemos, tranquilamente, transferir cada uma dessas personalidades para vários outros âmbitos do nosso cotidiano.
É ou não é?
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