Foi uma conversa franca e direta para o El Hombre com um cara que sou fã. E fiquei ainda mais admirador depois deste bate-papo. Foram 12 minutos de conversa com o melhor jogador de todos os tempos de futsal: Alessandro Rosa Vieira, o Falcão. Falamos sobre o futuro da seleção e, neste bate-papo, ele, com muita simpatia e destreza, assim como faz com a bola nos pés, deu um drible para responder se há algum promissor jogador brasileiro para deixar o país no topo dos melhores jogadores do mundo.
“O Brasil é um país muito fértil. Tem tudo para um atleta seguir com os passos que eu, o Manoel Tobias e o Douglas conseguimos. Vejo que poderemos fazer no futuro, mas não sei se tem alguém ainda maduro para isso. Acho que não.”
Em 1980, o Brasil teve o Douglas como ícone do futsal. Nos anos 90, Manoel Tobias fez este papel. Mais para frente, Falcão elevou o nome do país ao topo do mundo com inúmeras conquistas e títulos como o melhor jogador eleito do planeta pela Fifa. Somente os três juntos somam seis conquistas dos sete títulos mundias do futsal brasileiro. E depois de Falcão, quem virá para dar continuidade? “Boa pergunta. Não sei te responder, mas bem que gostaria de apontar alguém.”
Durante o bate-papo exclusivo, após o lançamento da nova camisa oficial da seleção brasileira, Falcão falou ainda sobre um outro assunto que lhe incomoda um pouco. “Quando vou parar? Não sei ainda, mas é claro que já penso nisso e sei que tem que ser no momento certo. Tento esquecer, mas não sai da minha cabeça. Não vou errar nisso.”
Ele deu um show de simpatia, falou com todos os jornalistas, atendeu a todos os fãs com mais prazer e ainda distribuiu camisas. Uma aula do que é ser craque para muito jogador de campo. E olha que ele acredita que teria capacidade para tal. “Em 2005 eu tentei, mas o Leão me barrou. Sou muito bom no futsal, mas acredito que teria a mesma qualidade dentro de campo. Só não encontrei a oportunidade certa no meu caminho como encontrei no futsal.”
Uma pena, Falcão. Uma pena também saber que não vê um futuro craque para lhe substituir com mesmo nível nas quadras brasileiras. “Mesmo se a gente não tiver um cara para me substituir, o Brasil continuará vencendo porque é o dono do futsal. Temos que tomar cuidado só com a Espanha”, explicou, por fim, o craque Falcão. A dica já está dada.
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