Imagine que você está caminhando pela rua após um longo dia de trabalho. As tensões do dia pairam sobre você como uma nuvem pesada. Então, você vê uma criatura de quatro patas, com olhos brilhantes e rabo abanando, vindo em sua direção. Seu dono acena, permitindo que você faça um breve carinho. Em questão de segundos, a nuvem pesada desaparece e um sorriso ilumina o seu rosto. Por que esse simples gesto tem tanto poder?
Dra. Nancy Gee, da Universidade da Commonwealth da Virgínia, compartilha um segredo que muitos amantes de cães já intuíam: acariciar um cão, mesmo que não seja seu, pode ser uma poção mágica para o bem-estar. O contato humano com cães pode reduzir os níveis de cortisol, o malfeitor do estresse, e elevar a produção de oxitocina, nosso elixir do contentamento.
E o mais mágico de tudo? Essa dança silenciosa de carinhos e olhares é uma via de mão dupla. Enquanto sua alma se ilumina com um toque canino, o coração do cão também se aquece com sua atenção. Ambos emergem dessa dança com níveis elevados de oxitocina, consolidando um elo que transcende palavras.
Os pets e a ciência moderna
A ciência moderna, sempre em busca dos elixires do bem-estar, tem olhado com carinho para esses momentos mágicos entre humanos e cães. Financiados por institutos de renome, estudos têm trazido à luz os benefícios dessas interações. Imagine, por exemplo, salas de aula sendo inundadas pela energia positiva de cães terapêuticos, influenciando diretamente na atenção e bem-estar das crianças.
Dra. Megan Mueller, da Universidade Tufts, nos lembra que os cães têm a incrível habilidade de nos ancorar no momento presente. Observá-los é uma meditação em movimento, uma lembrança para desacelerar e absorver o mundo com curiosidade e maravilha.
No final, enquanto avançamos em nossa jornada diária, cercados de tecnologia e listas intermináveis de tarefas, talvez a chave para um momento de paz e contentamento seja simplesmente abaixar-se e perder-se nos olhos de um cão. Eles, sem dúvida, têm muito a nos ensinar — e tudo que pedem em troca é um carinho.
Fonte: NPR