Você está no trabalho, sentado em frente a sua mesa, com o computador te encarando e um monte de coisa para fazer — mas na verdade seus ouvidos não conseguem deixar de captar a conversa do colega que está ao lado.
Você tenta uma, duas, três vezes, mas não dá.
Ele está falando da nova estagiária, a Rosana Pocotó. Então você coloca o fone, liga uma música para tentar desviar a atenção do papo e até consegue — mas agora o que te atrapalha é o som.
E nada de trabalho.
Se lembra das dicas de yoga que leu na internet, fecha os olhos e inspira profundamente, conta até 8, expira devagar, repete o exercício dez vezes, mas nenhuma sequer fez com que as curvas de Rosana deixassem de aparecer na sua cabeça.
E então, com a mão na testa e puxando o cabelo, você olha para o lado e vê o tampão de ouvido laranja que comprou na loja de ferramenta de construção e, desesperado, coloca-o: é sua última esperança. Surpresa! Dois, cinco, oito segundos de silêncio apaziguador.
Será que deu certo? Não. Aos poucos a voz fanha – e agora abafada – do colega volta aos seus tímpanos e a Pocotó à sua imaginação selvagem.
Pode ser que você (felizmente) não tenha um colega fanho e (infelizmente) não tenha uma mulher esbanjando saúde no seu ambiente profissional, mas eu apostaria 100 para 1 que já passou horas tentando se concentrar sem sucesso pelo meno alguma vez na vida.
Se você se identificou com o caso acima, o seu problema pode ser somente uma tara crônica — mas também existe a possibilidade de ser o tipo de alimentação que você adota.
Veja abaixo os principais alimentos que deveriam estar no seu prato caso a sua concentração esteja deixando a desejar:
1# Glicose
Alguns alimentos favorecem e outros atrapalham a concentração. O açúcar é muito importante, e não somente para a concentração, pois dá energia ao nosso organismo, mas comidas que elevam a taxa da substância no sangue muito rapidamente e fazem o organismo trabalhar mais para a digestão podem dificultar a concentração de uma pessoa.
Nesse time estão os carboidratos simples (farinha branca, açúcar refinado, doces). Substituí-los pelos carboidratos complexos (aveias, pães, cereais, arroz, preferencialmente os integrais) é também uma opção.
2# Zinco
Além da glicose outra substância pode dar uma força em nossa capacidade de concentração: o zinco. Esse mineral está presente no processo de conversa dos nossos neurônios.
Um estudo publicado em 2011 realizado pela Universidade de Toronto Scarborough, no Canadá, chegou a conclusão de que a presença de zinco nos neurônios de determinada parte do cérebro pode ajudar na regulação da plasticidade de suas sinapses.
Você pode encontrar o zinco em ostras, nozes, castanhas, amendoim, feijão e carne, entre outros alimentos.
3# Vitamina C
Ela ajuda a proteger os neurônios dos danos oxidativos dos radicais livres (assim como a Vitamina E) e a fisetina (substância encontrada principalmente no morango, mas também em outras frutas e vegetais) auxilia num processo conhecido como “potencialização de longo prazo” que, entre outras coisas, estabelece conexões mais forte entre os neurônios.
Aqui o negócio é apostar, especialmente, em frutas cítricas — laranja, abacaxi, acerola, etc.
4# Ômega 3
O Ômega 3, por sua vez, compõe a estrutura da massa cinzenta cerebral (parte externa do órgão) e tem seu papel fundamental na comunicação das células cerebrais.
Ele está muito presente em peixes (principalmente os de água fria como sardinha, truta, atum, arenque, bacalhau) e você deve ingeri-los pelo menos uma vez por semana: “Eles ajudam a preservar a saúde dos neurônios”, escreve Priscila.
Para os vegetarianos também há opções: cereais integrais (linhaça, chia, aveia, ricos em Vitamina B) e a gema do ovo (rica em acetilcolina, substância que agiliza as sinapses nervosas) são ótimas indicações. A primeira opção coma todos os dias, a segunda de duas a três vezes por semana.
Extra: a dinâmica da alimentação
Mas não é só o que ingerimos que deve ser lembrado nesse tema: a dinâmica da alimentação também tem seu papel importante.
Como já é difundido na sabedoria popular, não devemos comer grandes quantidades de uma única vez, o ideal é se alimentar de forma moderada a cada mais ou menos três horas.
Sendo que o café da manhã e o almoço são refeições reforçadas, mas não exageradas, e a janta é uma alimentação mais suave. Caso o seu problema seja mesmo a alimentação, tente essas dicas.
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