E, principalmente, se o seu time for o mesmo que o meu. O Palmeiras. Mas vamos deixar este assunto para um outro momento, sim? Espera aí — não. Na verdade, ele pode ser útil para nós. A indústria do tabaco deve ter faturado bastante em 2012 em cima dos torcedores alviverdes. Eu não sou fumante, mas você que é me responda: há algo melhor do que um cigarro após um momento de nervosismo?
Os consumidores do tabaco costumam dizer que o cigarro tranquiliza. E durante um jogo, com o placar dramaticamente empatado aos 42 do segundo tempo, num momento decisivo do campeonato — há algo mais relaxante do que uma tragada num garrete? Os fumantes acreditam que o cigarro alivia o estresse. Agora, se isso é verdade? Não.
A resposta quem dá é uma pesquisa publicada recentemente no The British Journal of Psychiatry. “Nossos resultados contradizem enfaticamente a noção de que fumar alivia o estresse”, comentou o autor do estudo Máirtín S. McDermott, um pesquisador do King’s College em Londres.
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A ideia que explica esse resultado é lógica. Quando um fumante não está consumindo nicotina, o nível da substância declina em seu organismo. Dessa forma, ele logo fica ansioso, irritadiço, mal-humorado – sintomas que são confundidos com o estresse. Mas, na realidade, é somente o seu organismo pedindo por nicotina. É a tal da dependência química. E, então, o fumante acende um cigarro para aliviar as tensões que a abstinência causou. Simples. Básico.
Em outras palavras? O cigarro serve para combater abstinência causada por ele próprio, não a ansiedade que é fruto de alguma situação social. Parar de fumar, então, é algo que vai te ajudar a passar os 90 minutos de uma partida de futebol menos nervoso. Isto é, se o seu time não for o mesmo que o meu. O Palmeiras. Porque neste caso, cowboy, apenas uma pílula de Vicodin vai resolver o seu problema.
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