Lançado no final de 2001, o Nintendo GameCube é um videogame caseiro da sexta-geração de consoles. Sucessor do Nintendo 64, o console teve que rivalizar com o PlayStation 2 (segundo console da Sony), Xbox (o console de estreia da Microsoft) e, em certa medida, com o Dreamcast da Sega, que já não tinha mais produção ativa quando o GameCube saiu.
Para alguns, o GameCube é considerado o último console com ênfase em games mais “adultos” (até o Nintendo Switch, que só sairia em 2017) e/ou com títulos desenvolvido especificamente para gamers, um contraste aos inúmeros jogos casuais lançados para seu sucessor direto, o Wii.
Embora vários fatores não tenham favorecido o GameCube quando este estava em produção (como a presença do imbatível PlayStation 2 no mercado e idealizações de que o videogame tinha um visual de “brinquedo para crianças”), o console marcou época por ter recebido inúmeros jogos de grande qualidade, além de ter fundado inúmeras franquias que estão vigentes até os dias de hoje nas lojas da Nintendo.
Nesta lista, separamos os 10 melhores jogos de GameCube para você matar a saudade. E com tantos jogos bons lançados para o console, colocamos no final do artigo uma lista que incorpora diversas menções (muito) honrosas, sendo que seria impossível fazer uma lista com apenas dez games de um videogame tão “eclético”.
Lançado em uma época em que jogos de survival horror com câmera fixa estavam no auge, Eternal Darkness: Sanity’s Requiem surgiu como uma surpresa. O game foi o primeiro publicado pela Nintendo com a classificação “Mature” da ESRB, contendo não apenas cenas de violência e terror, mas também uma leve cena de nudez.
Joguei pela primeira vez Eternal Darkness em 2018 e cada hora de jogatina foi muito valorosa. Não sendo de forma alguma uma imitação de Resident Evil ou Silent Hill, Eternal Darkness contém elementos de investigação policial, influência literária abstrata, viagem no tempo, múltiplos personagens jogáveis e uma jogabilidade nunca vista antes. Os efeitos de sanidade desse título são memoráveis: caso a barra de sanidade do jogador esteja baixa, ele irá experimentar os mais diversos tipos de efeitos, tais como o jogo “deletando” seus jogos salvos e aquela pavorosa “tela azul da morte” do Windows. Bizarro, não?
Eternal Darkness é considerado um dos melhores exclusivos do GameCube de todos os tempos, com notas altíssimas no Metacritic. Por outro lado, o jogo não vendeu bem, tornando a possibilidade de uma continuação impossível.
Segundo título da famosa franquia de luta da Nintendo, Super Smash Bros. Melee popularizou ainda mais a franquia iniciada no Nintendo 64. Com uma quantidade extensa de desbloqueáveis, gráficos refinados, jogabilidade intacta (mas aperfeiçoada em relação ao original) e vários personagens novos e desbloqueáveis, é considerado por muitos o melhor jogo da franquia, ainda que não tenha a massiva quantidade de conteúdo de jogos mais novos, como é o caso de Super Smash Bros. Ultimate.
Melee foi tão grande desde seu lançamento, que acabou se tornando o jogo mais vendido de GameCube de todos os tempos. Então se você ainda tem um Wii (que é retrocompatível com praticamente qualquer jogo de GameCube) ou o próprio GameCube, destacamos como um dos melhores jogos do console que não poderiam faltar na sua biblioteca.
Terceiro jogo da série principal Mario Kart, Mario Kart: Double Dash é um dos jogos mais únicos da série visto que, como fica claro na capa e no título, podemos formar equipes de dois personagens em cada kart. Adicionalmente, Double Dash foi o primeiro jogo a conter personalização de carros e habilidades para cada personagem.
Outro bom motivo para revisitar Double Dash vive no fato que algumas pistas introduzidas aqui não apareceram em nenhum dos outros jogos que viriam a suceder este, como é o caso de Mushroom City, Wario Colosseum e a sua exclusiva Rainbow Road. Uma das poucas críticas que se encontram por aí em relação ao “Mario Kart 3”, vão para sua dublagem “mediana”, o que já pode ser visto para a maioria dos jogadores como encontrar pelo no ovo. Independentemente do que seja dito, Mario Kart: Double Dash é não apenas um dos melhores jogos de kart de todos os tempos, mas também o melhor de toda a biblioteca do GameCube.
Para quem não conhece, TimeSplitters compõe uma trilogia de jogos lançados apenas para a sexta-geração de consoles. Enquanto o primeiro foi lançado como um título de lançamento exclusivo para PlayStation 2, os outros dois games (TimeSplitters 2 e TimeSplitters: Future Perfect) foram lançados também para GameCube e Xbox. Por muitos de seus fãs (eu incluso), o segundo game é facilmente visto como o melhor da trilogia.
Desenvolvido por grande parte dos desenvolvedores de clássicos como GoldenEye 007 e Perfect Dark, TimeSplitters 2 não difere em quase nada em termos de jogabilidade: fases não-lineares, múltiplos objetivos de acordo com a dificuldade, inúmeros desbloqueáveis, componente multiplayer complexo e velocidade frenética com altíssimos framerates. Porém, enquanto esses dois primeiros jogos possuem uma jogabilidade mais “séria”, TimeSplitters 2 possui gráficos “cartunescos” e uma boa dose de comédia em sua narrativa.
Esse é um dos poucos jogos não que não são exclusivos para Nintendo GameCube em nossa lista. Mas se você procura por um jogo de FPS no GameCube, o segundo da série é de longe o melhor game que vai encontrar no catálogo de jogos para o gênero.
Lançado como o último game de GameCube e o primeiro de Wii, Twilight Princess foi a resposta da Nintendo para os fãs que exigiram um Ocarina of Time com gráficos realistas e uma estrutura similar. Por muito tempo, Twilight Princess viria a ser o Zelda mais vendido da franquia – até a chegada do estrondoso Breath of the Wild.
Hoje em dia, vejo este como um dos meus Zeldas favoritos. É uma mistura bela mistura de Ocarina of Time num âmbito geral, com elementos mais sombrios vistos anteriormente no Majora’s Mask. Além disso, nós podemos dizer que é, até hoje, o Zelda com gráficos mais realistas já feitos, já que Skyward Sword e Breath of The Wild utilizam de gráficos bem coloridos e com cores fortes.
Se você sente saudade dos Zeldas 3D mais antigos e ainda não pôde jogar Twilight Princess, ainda há uma versão HD com diversas novas novidades para o Wii U, sendo vista como a versão definitiva. Mas entre as versões originais (de GameCube e Wii), altamente recomendamos que escolha a versão de GameCube, já que no Wii será necessário usar os controles de movimento para praticamente tudo, e todo o jogo está espelhado, fazendo com que este seja um dos raros casos em que vemos Link sendo destro.
Pela primeira vez desde muito tempo, a Nintendo decidiu não lançar um jogo do Mario para a estreia do console, mas sim de seu irmão, Luigi. Aqui, ele precisa procurar por seu irmão em uma mansão assombrada, enfrentando fantasmas e contando com a ajuda do Professor Elvin Gadd.
Luigi’s Mansion é um dos títulos de lançamento do GameCube. Embora seja rotulado como um jogo de ação-aventura, ele possui diversos traços de exploração, não se parecendo em nada com os jogos de plataforma que vimos em gerações anteriores da Nintendo.
Ah, é necessário lembrar que existem não apenas as continuações de Luigi’s Mansion, mas também uma versão relançada do primeiro jogo para Nintendo 3DS. Então se a versão de GameCube não lhe convence por requisitar portabilidade, a versão portátil não deixa a desejar.
Super Mario Sunshine trata-se de uma continuação direta do clássico eterno de plataforma 3D, Super Mario 64. Com gráficos dos mais lindos para um jogo lançado em 2002, o game mantém praticamente a jogabilidade do seu antecessor, com fases amplas e cheias de missões. Ele também é um dos jogos 3D mais difíceis da série, o que não é ruim, já que aumenta o valor de jogabilidade e do replay.
Sunshine não recebeu o mesmo nível de aclamação de seu antecessor ou de seus sucessores em 3D, mas estabeleceu um status quase que cult. As críticas foram mais direcionadas ao novo sistema e companhia do Mario, o F.L.U.D.D., uma mochila jetpack que dispara água para todos os lados.
Super Mario Sunshine foi um dos jogos que aqueceram as vendas do console: em 10 dias de lançamento, o game do encanador bigodudo vendeu mais do que jogos de alto calibre das rivais, superando Grand Theft Auto III, do PlayStation 2 e Halo: Combat Evolved, do Xbox.
Depois da série Metroid ter ficado sem qualquer jogo na era do Nintendo 64, uma parceria entre a Nintendo e a Retro Studios nos traria um jogo de tiro em primeira pessoa. Essa notícia que surpreendeu alguns, já que a franquia só tinha jogos em forma de side-scrolling até o momento.
Quando foi lançado, Metroid Prime surpreendeu por seus gráficos belos, exploração, controles fluidos, fases extremamente bem-feitas e uma trilha sonora feita com muito carinho. As críticas foram direcionadas ao enredo simples e ao excesso de backtracking visto no jogo, uma característica presente em muitos games do Nintendo 64.
Sendo um dos jogos mais vendidos e queridos do console, Metroid Prime merece estar, no mínimo, entre os três primeiros jogos dessa nossa lista. E com razões de sobra!
Em 2005, a Capcom inovaria os jogos de survival-horror mais uma vez com o lançamento de Resident Evil 4. Lançado como um exclusivo temporário para GameCube (que posteriormente receberia adaptações para PlayStation 2, Wii e diversas outras plataformas), a versão original do console da Nintendo ainda é colocada como uma das melhores para se jogar.
No jogo, assumimos novamente o papel de Leon Kennedy, que promovido para agente especial dos Estados Unidos e tem como objetivo de resgatar e proteger a filha do presidente. A jogabilidade ainda é muito semelhante ao dos seus antecessores, contendo vários puzzles, sustos, momentos de tensão e boss battles. As maiores mudanças ficam na retirada das câmeras fixas, um sistema de mira bem preciso e gráficos de acordo com a geração do console.
De um ponto de vista subjetivo, ainda considero Resident Evil 2 o melhor jogo da série, mas é inegável a qualidade e sucesso alcançados por Resident Evil 4, considerado por uma boa parte dos fãs como o melhor jogo da série e o melhor jogo de survival-horror de todos os tempos.
Ao passo que sinto não ser apropriado colocar dois jogos da mesma franquia numa mesma lista, sinto que estaria sendo injusto por colocar Twilight Princess e excluir Wind Waker. Afinal, embora sejam dois jogos da mesma franquia, estes dois são consideravelmente diferentes, sobretudo em termos de impacto e estilo.
Enquanto Twilight Princess é o pedido que os fãs de Ocarina of Time desejavam, Wind Waker chegou a, inicialmente, desapontar os fãs que haviam visto aquela demo de um Zelda realista na Space World em 2000. Eles esperavam um jogo com os “melhores gráficos”, até ver que o produto final, seria completamente diferente.
Quando os gamers e a imprensa enfim tiveram a oportunidade de jogar Wind Waker, ficaram surpresos (para não dizer envergonhados) de aquele seria um dos melhores jogos da série, um rótulo que até hoje é consenso entre todos os fãs. Os gráficos em cel-shading de Jet Set Radio, o grande mapa cheio de exploração, história, momentos de stealth, trilha-sonora e toda a sua jogabilidade fizeram deste um dos Zeldas mais inesquecíveis de todos os tempos. E eu, sinceramente, queria esquecer que já joguei Wind Waker, para poder jogar de novo e reviver uma das aventuras mais legais de Link.
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