Como gerenciar gafes no trabalho

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Levante a mão quem nunca cometeu uma gafe no trabalho. Exemplos clássicos?

  • Parabenizar uma colega que está acima do peso pela “gravidez”
  • Trocar nomes de pessoas
  • Contar uma piada preconceituosa
  • Fazer críticas ou imitar os cacoetes de alguém sem perceber a chegada da pessoa ao recinto
  • Liberar acidentalmente gases intestinais em locais inapropriados
  • Deixar ativo aquele toque de celular de gosto duvidoso durante uma importante videoconferência

Onde há pessoas juntas, as gafes sempre estarão presentes. Ninguém consegue ficar 100% imune a elas. Até o mais sensato, cuidadoso e respeitoso profissional dará algum escorregão cedo ou tarde.

Por isso, usei o termo “gerenciar” no título deste post. O desafio é saber gerenciar com eficiência os vexames causado pelos mal entendidos no ambiente de trabalho. Essa habilidade pode ser determinante para uma carreira ascendente.

Por isso decidi fazer uma lista das reações mais comuns das pessoas logo após cometeram aquela tremenda gafe, e quais são as atitudes mais (ou menos) eficientes para consertar o problema.

  • Ignorar o deslize

Às vezes, o autor da gafe fica tão constrangido que tenta não se expor mais, evitando 100% o assunto. Mas fingir que nada aconteceu será interpretado como indiferença ou mesmo grosseria. Não adianta achar que tudo será esquecido rapidamente por quem foi testemunha do vexame. Lembre-se de que toda empresa tem um vasto banco de dados de “pisadas na bola” dos mais variados tipos.

  • Tentar consertar o erro

Trata-se da inglória tentativa de explicar o inexplicável — e se defender do indefensável. Lembre-se que muitas vezes, na tentativa de remendar o que acabou de dizer/fazer, o autor do vexame pode tornar o estrago bem pior, gerando outras gafes em série.

  • Transferir a culpa

Dizer que está reproduzindo um pensamento geral e que todos falam/agem da mesma forma na empresa, não valerá como saída para diluir o deslize. Lembre-se que o estigma negativo recairá sobre quem pagou o mico — e não sobre uma coletividade que ninguém saberá ao certo quem se trata.

  • Pedir desculpas

Sem dúvida o único e melhor caminho para começar a juntar os cacos do estrago produzido por palavras e atitudes impensadas é este: pedir desculpas. É a busca por tratar arranhões e hematomas gerados pelo contato interpessoal, sem fugir da sua responsabilidade individual. Obviamente, as desculpas poderão ou não ser aceitas pelo outro. Caso sim, ótimo. O tempo se encarregará de atenuar os efeitos da gafe. Caso a pessoa resista a aceitar o pedido de desculpas, pelo menos o nobre gesto de reconhecer falhas e procurar corrigi-las foi realizado de forma sincera e transparente.

A boa notícia é que, na maioria dos casos, quem procura se desculpar da gafe cometida encontra aceitação. Como resultado ficam as lições aprendidas, a atenção para não repetir os mesmos erros — e boas risadas quando aquele mico voltar a ser lembrado.

Flávio Emílio Cavalcanti

Flávio Emílio Cavalcanti é professor universitário, consultor organizacional, administrador e mestre em Gestão de Recursos Humanos.

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