Por muito tempo – e ainda hoje – o direito autoral é um problema gigantesco no universo fonográfico. Os downloads ilegais geram polêmicas e mais polêmicas, o que faz com que os especialistas busquem soluções e mais soluções.
E a solução que tem dado mais certo é o streaming.
Streaming, nesse caso da música, nada mais é do que você ouvir um som sem ter a necessidade de fazer download, que é o caracteriza a ilegalidade dos direitos autorais (caso o download não seja pago). Você contrata um serviço de streaming que te oferece a música online. Assim, que tem que pagar os compositores pelas músicas é o serviço.
E aí você diz: “Bem, mas eu estou pagando mesmo assim!”. Claro, nada nessa vida é de graça (e legal, vale dizer). Mas o valor que você paga é ridículo. Enquanto que para comprar uma música você vai gastar, sei lá, R$ 1, nesse serviço você paga R$ 15 ou R$ 20 para ter acesso a dezena de milhões de músicas.
Não vale a pena?
E essa estratégia de sucesso está bombando, fazendo com que diversos serviços de streaming sejam criados e desenvolvendo uma verdadeira “guerra dos streamings”.
Então nós resolvemos listar para vocês 8 dos grandes programas oferecidos hoje em dia para que possa fazer sua escolha – e ouvir música em paz.
Spotify
Empresa fundada há nove anos, o Spotify é um serviço de mais de 30 milhões de músicas e mais de 75 milhões de usuários. É líder do mercado e está disponível em mais de 50 idiomas. O serviço já pagou US$ 3 bilhões em royalties para artistas, gravadoras e todo o mercado fonográfico, sendo US$ 300 milhões apenas nos três primeiros meses de 2015.
Usuários podem desfrutar o serviço gratuitamente por 90 dias, pagar R$ 1,99 num período promocional e, depois, os R$ 14,99 de mensalidade regular. Um grande atrativo é a possibilidade de estocar 3333 músicas no modo offline, o que te ajuda quando você não tiver conexões 3G ou 4G. Funciona em celulares com sistema iOS, Android, Windows e BlackBerry.
Google Play Music
Tem um smartphone Android? Então você já tem o app do Google Play Music. Assim como o Spotify, o software possui 90 dias de uso gratuito e uma mensalidade de R$ 14,99. O ponto negativo é que, mesmo sem pagar, você é obrigado a fornecer um número de cartão de crédito para utilizar o serviço. São também 30 milhões de composições para ouvir.
O Spotify só compartilha conteúdo pelo Facebook, enquanto o Google Play Music transfere informações para outras redes sociais, incluindo o Twitter. O player não tem funcionalidade com streaming offline, mas sincroniza com facilidade com sites como Last.fm, que registra e cataloga as músicas que você ouve.
Deezer
Além de funcionar em iPhones e em celulares com sistema Android, Windows e BlackBerry, o aplicativo de streaming musical também funciona no tablet iPad. O programa, originalmente criado em Paris, na França, possui 35 milhões de músicas, ou seja, um acervo mais atraente de composições se comparado a seus concorrentes.
O Deezer é levemente mais barato, saindo por R$ 14,90 por mês, mas seu período gratuito é de apenas 30 dias. Alguns games, como League of Legends, possuem suas músicas para download no programa. O app está disponível para a maioria dos sistemas móveis: iOS, Android, Symbian, Windows e BlackBerry.
Rdio
Integrado com o Facebook e alimentado com 35 milhões de músicas, o Rdio também custa R$ 14,90 por mês. É um dos serviços com maior abrangência quando comparado com concorrentes, atingindo até 85 países. O app descobre canções baseando-se na sua lista de músicas e monta playlists.
O serviço funciona gratuitamente por 30 dias. É um programa funcional em sua interface e agradável por trazer músicas novas de maneira inteligente.
Tidal
Serviço diferenciado, o Tidal, que foi adquirido por Jay-Z esse ano, tem uma assinatura padrão de R$ 14,90 e uma premium, com material exclusivo, de R$ 29,80, chamado HIFI. Além de material próprio, o streaming comprime dados em seu pacote mais caro para evitar a perdê-los.
É possível utilizar gratuitamente o programa por 30 dias ao oferecer um cartão de crédito ou forma de pagamento. O streaming inclui também um serviço de vídeos.
TuneIn
Serviço gratuito de rádio, ele está presente em 230 países com 50 milhões de usuários ativos. Funciona em sistemas móveis iOS, Android e Windows Phone. O programa também funciona em versão web para computador.
Tem 100 milhões de faixas musicais, 100 milhões de estações de rádios e quatro milhões de podcasts. É uma boa opção para quem gosta de ouvir músicas aleatórias e não faz questão de ter um modo offline.
Napster
Fenômeno dos downloads ilegais no final dos anos 90, o Napster faliu nos Estados Unidos e voltou à vida como um serviço de streaming que paga corretamente as gravadoras e os artistas. O programa popularizou o MP3 e se tornou parte da empresa Rhapsody na América Latina, incluindo o Brasil, e na Europa.
Cerca de 2,5 milhões de pessoas assinam o serviço e seu preço é um dos mais competitivos: R$ 9,90. No entanto, sua biblioteca sonora é de apenas 10 milhões de faixas, um número mais modesto.
Last.fm
Este é tanto um serviço de streaming quanto de registro de músicas que você ouve no seu celular. Com o programa Last.fm Scrobble, é possível registrar as composições que funcionam em seus aplicativos. E tal serviço é gratuito.
O streaming de músicas sai por cerca de R$ 9 por mês, um preço bem baixo. Também é possível comprar faixas musicais. Assim como a Wikipedia, usuários podem abastecer o banco de dados do Last.fm. O serviço também possui uma versão rádio que toca composições aleatórios.
Menção honrosa: Grooveshark
O serviço não existe mais, mas o Grooveshark fez a alegria de internautas desde 2006. O programa teve um site em versão flash e depois em HTML 5, sempre fazendo streaming de música. O problema do software é que ele permitia o upload de músicas dos usuários, incluindo aquelas que são protegidas por direitos autorais.
Mesmo com a pirataria de composições sonoras, foi pioneiro em aceitar pagamentos em Bitcoin, moeda virtual, e tinha uma mensalidade de apenas R$ 11 para uma versão sem propaganda. O foco do programa era na web, para Windows e Mac, apesar de funcionar no Android. O site possui 15 milhões de músicas e 20 milhões de usuários.
Depois de enfrentar vários processos, o serviço foi tirado do ar no dia 30 de abril de 2015.