Parabéns, caro leitor: hoje é o seu dia. Talvez você não saiba, mas 19 de novembro é considerado o Dia Internacional do Homem. E essa data é bem mais importante do que você imagina.
O objetivo deste dia, ao contrário do que alguns podem imaginar, não é celebrar a “masculinidade” ou promover qualquer tipo de ideal machista. A proposta é exatamente o oposto disso: desconstruir esse estereótipo ultrapassado.
O ESTEREÓTIPO DO MACHÃO
Sabe aquela história de “seja homem”? Quando você está, sei lá, passando por um momento difícil ou se machucou? E alguém te incentiva a “honrar os colhões que tem entre as pernas”? Ou seja, fingir que nada está acontecendo e seguir em frente?
Pois é. Estamos falando disso mesmo. Por causa dessa falácia tola, os homens são relutantes em falar de seus problemas pessoais, abrir seus sentimentos e procurar ajuda. O preço disso é caríssimo. Em muitos casos, chega a ser a vida de um homem.
SUICÍDIO & MORTE
A taxa de suicídio, especialmente entre os homens, cresce no Brasil e no mundo inteiro. Uma das razões é que nós, em vez de expressarmos as nossas fragilidades e buscar ajuda quando precisamos, queremos manter a aparência de “machão” e nos afogamos em válvulas de escape, como bebida ou drogas.
Procurar o médico também é um tabu. “Ah, relaxa, homem não sente dor. Eu não bati a cabeça tão forte assim, amanhã passa.” Esse tipo de pensando é o que faz os homens viverem, em média, 7 anos a menos do que as mulheres no Brasil. Olha só como essa “macheza” toda está nos levando longe, né?
A IMPORTÂNCIA DO DEBATE
O Novembro Azul – ou Movember, como chamam em outros países – defende a mesma bandeira. Falamos com mais detalhes sobre o movimento neste post aqui. Mas para resumir, a ideia é colocar em discussão a saúde do homem e promover a conscientização sobre as doenças masculinas.
Senhores, o Dia Internacional do Homem não é uma data para comemorar, mas para nos fazer refletir. Até mesmo o tradicional parlamento inglês, pela primeira vez em sua história, decidiu debater o Dia Internacional do Homem neste ano.
No fim das contas, aquela atitude de “machão” não tem nada de valente. Pelo contrário. Assumir a fragilidade e lidar com ela é bem mais corajoso do que empurrar o problema para baixo do tapete e fingir que não existe. Isso, sim, requer colhões.