Jogamos o beta de Titanfall

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Não lembro a última vez que fiquei tão ansioso para a chegada de um jogo como agora com Titanfall.

Mas esse sentimento é compreensivo quando se sabe que ele já ganhou mais de 75 prêmios antes mesmo de ser lançado. Na E3, maior feira mundial de games, Titanfall faturou o troféu simplesmente em todas as categorias que disputou.

Para alguns esse é o jogo mais esperado do ano. Tem gente que chega a dizer que ele tirou a franquia Call Of Duty do trono. Mas será que Titanfall é tudo isso mesmo?

Joguei uma versão beta (ainda não finalizada) para PC, que é praticamente igual à do Xbox. O jogo, aliás, só está disponível para plataformas da Microsoft: Xbox One, 360 e Windows.

A história se baseia em um futuro distante. Você joga na pele de um soldado (chamado apenas de “piloto”) que participa de batalhas entre o governo e os revolucionários. Essas brigas são travadas com robôs gigantes pilotados por seres humanos – os chamados Titans.

A primeira coisa que reparamos é sempre o gráfico, porque é o que vemos de cara. Ele é ok. Não é tão bom quanto o de Battlefield 4, mas está longe de ser feio. O lado positivo disso é que você não precisa de um computador da NASA para rodar o game.

Quanto à jogabilidade, o jogo é muito rápido; você não para um segundo na partida. Titanfall consegue ter uma intensidade muito parecida com a de Call Of Duty. Tudo acontece rápido e os reflexos são importantes. Mas quando você controla o Tintan, as coisas ficam um pouco mais lentas.

Para assumir o controle de um desses robôs, é preciso esperar um tempo determinado. Após isso a máquina cai, literalmente, do céu. Esse tempo pode ser diminuindo dependendo do seu desempenho no round.

Uma grande novidade que o jogo traz é o fato das batalhas também acontecerem no ar, sobre sua cabeça. Os jogadores conseguem subir em prédios, andar pelas paredes e dar pulos duplos impulsionado pelo seu jet-pack. É preciso estar atento em todas as direções para conseguir sobreviver – na frente, atrás, em cima e embaixo. Já em outros jogos FPS, você, teoricamente, só precisa olhar para frente. Talvez esse seja o seu maior diferencial.

É fácil customizar as armas, habilidades e granadas tanto do seu piloto como do seu Titan. Isso facilita para que você encontre uma arma que tenha a ver com seu estilo.

Na maior parte do tempo você estará enfrentando outros pilotos em tiroteios frenéticos e é possível destruir seus Titans. Há, inclusive, uma arma específica para esse propósito. Mas acabar com os robôs na bala não é tarefa fácil.

Um ponto que não agradou a todos foi a existência de bots. O time inimigo é composto por até seis jogadores, mas também existem adversários controlados por inteligência artificial. Eles quase não oferecem risco, são bem ruins de mira. Até parecem vilões dos filmes do Van Dame.

Esses computadores estão lá para dar dinâmica à brincadeira, acelerar mais as coisas. Os mapas são relativamente grandes e um jogo 6×6 poderia ser cansativo. O problema é que eles mais atrapalham que ajudam. Não é fácil diferenciar um bot de um jogador real, e confundir um com o outro pode custar sua vida. Como eu disse, ninguém gostou.

Quem já jogou algum COD se sentirá em casa logo de inicio, pois a jogabilidades de ambos é bem parecida. Mas isso não é à toa. Titanfall foi feito pelo mesmo pessoal que criou os dois Call Of Duty mais bem criticados: Modern Warfare e Modern Warfare 2.

Essa é uma das grandes razões para muitos estarem chamando esse jogo de COD Killer, o matador da franquia de maior sucesso da história dos games.

Na minha opinião ele não conseguirá esse feito. O jogo é, sim, muito bom. Titanfall pode até ser melhor que o COD: Ghosts, mas não está em todas as plataformas (o PS3 e PS4 não terão acesso ao game), deixando de lado uma grande fatia do mercado.

Duvido muito que os donos de Playstation irão trocar de console só por causa de um jogo. Se um dia ele estiver disponível para o videogame da Sony, aí é outra história.

Titanfall estará à venda a partir do dia 11 de março. O seu preço é de R$ 99 para PC. O valor para Xbox ainda não foi liberado, mas deve ficar na casa dos R$ 150.

Pedro Cohn

Um dos fundadores do El Hombre, hoje vive na Califórnia à beira do mar. Se você quer irritá-lo, basta falar mal da Apple. Mas prepare-se para tomar um pontapé na orelha.

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