Você já ouviu a expressão “memento mori”? Quando um general romano voltava para casa depois de uma campanha vitoriosa no exterior, era tradição a cidade sediar uma gloriosa cerimônia pública em sua homenagem.
Mas enquanto seu triunfo era celebrado de maneira entusiasmada pelo povo, um homem ficava atrás do general em sua luxuosa carruagem, sussurrando a seguinte mensagem em sua orelha: “Respice post te. Hominem te esse memento. Memento mori.”
Em português seria algo como: “Olhe ao seu redor. Não se esqueça de que você é apenas um homem. Lembre-se de que um dia você vai morrer.”
Por mais macabro que isso pareça, a expressão “memento mori” é de uma grande sabedoria. Diversos religiões e correntes filosóficas, como o budismo e o estoicismo, adotam esse conceito como base de seus ensinamentos.
A ideia de que vamos morrer um dia causa terror em praticamente todos nós. Por isso evitamos pensar sobre o assunto. Nossa cultura é devotada a prolongar a juventude o máximo possível, como se pudéssemos viver eternamente.
Acontece que não dá. A melhor opção, portanto, é fazer as pazes com a noção da nossa mortalidade. Daí a expressão “memento mori”.
A certeza de que vamos morrer não tem como objetivo nos jogar para baixo. Pelo contrário. Ela serve como motivação para viver melhor. Aproveitar os dias de maneira mais significativa e virtuosa.
Quando você se lembra de que está se aproximando mais da morte a cada dia que passa, isso te encoraja a fazer as coisas importantes da vida aqui e agora, sem procrastinar, deixando as besteiras ou preocupações tolas de lado.
Memento mori. Eis uma boa frase para nos guiar pela vida.