Sinto vergonha alheia – das fortes – quando vejo casais se tratando de forma rude em público. É triste e eu aposto que vocês conhecem pessoas que fazem isso.
Gente que menospreza o parceiro para fazê-lo se sentir pequeno é gente com a autoestima detonada. Precisa diminuir o outro para se sentir superior. E o quadro fica pior quando a atitude parte de alguém que está sendo bem tratado na relação.
Não interessa se as situações ganham proporções grandes ou não, se ocorre diariamente ou de vez em quando. Essa prática pode acontecer entre casais que não sabem resolver os problemas. Um está raivoso constantemente e os motivos são quase sempre advindos de mesquinharias.
Não acredito que essa seja uma forma saudável de se relacionar com alguém, especialmente com quem divide a vida com você. Se a pessoa não consegue se controlar e tem certo prazer ou satisfação em fazer alguém se sentir mal na frente do outros, ela tem a mente distorcida da realidade.
Fazer o outro se sentir um idiota, colocar a pessoa para baixo, fazer piadas à custa do parceiro são atitudes que não devem ser feitas nem em público e nem na vida privada. E mais: não importa o motivo ou razão de tais comportamentos. Não há desculpas.
Não falo aqui de piadas entre casais que os outros não entendem, as famosas piadas internas, em que um tira o maior sarro da cara do outro. Nestes casos, o casal sabe que se trata de uma brincadeira e as piadas são feitas para aproximá-los.
Saber a diferença entre estes dois tipos de tratamento não é tarefa para Freud. A pessoa, no fundo, sempre sabe diferenciá-las.
Fazer o outro se sentir mal não vai torná-lo menor. As pessoas reconhecem que você é o verdadeiro infeliz da história.
Certos problemas realmente devem ser esclarecidos para não haver dúvidas, mas, como diz o ditado popular, roupa suja se lava em casa.
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