Nesta sexta-feira, 1º de abril, ocorreu o sorteio dos grupos da Copa de 2022, que será realizada no final do ano no Catar. Durante a cerimônia, o Brasil se deparou com duas surpresas: Sérvia e Suíça, que estavam no grupo da Seleção há quatro anos atrás, mais uma vez estarão no nosso caminho ao longo da 1ª fase.
Em 2018, os comandados de Tite conseguiram passar na liderança, com um empate na estreia contra a Suíça e uma vitória na última rodada contra a Sérvia. Mas o que mudou nessas seleções de lá pra cá? Saiba um pouco sobre a fase atual delas e veja se o Brasil terá jogos mais difíceis dessa vez.
Sérvia
No dia 27 de junho de 2018, o Brasil passou pela Sérvia num placar de 2×0, com gols de Paulinho e Thiago Silva. Em um jogo sem muitos sustos para a Seleção Canarinho, a partida marcou o fim de uma geração para os sérvios.
A partir dessa eliminação, um processo de reformulação começou na equipe dos Balcãs. Veteranos como o volante Matic e os defensores Kolarov e Ivanovic começaram a perder cada vez mais espaço em campo.
Ao mesmo tempo, uma nova geração de jogadores talentosos começaram a ganhar mais espaço entre os titulares. Nas eliminatórias, o meia Milinkovic-Savic (que fazia parte do grupo de 2018) e o atacante Vlahovic tornaram-se algumas das principais estrelas desse time.
Não foi só a ascensão dos jovens que fez o nível da seleção subir. Nomes como Tadic e Kostic começaram a ganhar mais consistência nos seus clubes, tornando-se jogadores conhecidos no futebol europeu e engrenagens fundamentais para o bom funcionamento da equipe.
Se classificando à frente de Portugal, a Sérvia passa um recado de que pode até não ser uma das principais seleções do mundo, mas que pode dar muito trabalho. Será um jogo mais difícil que o de 2018, mas o Brasil continua sendo claro favorito.
- Escalação: 3-4-2-1 e 3-5-2, dependendo do jogo;
- Destaques: Dusan Tadic (Ajax), Sergej Milinkovic-Savic (Lazio) e Dusan Vlahovic (Juventus).
Suíça
Um pouco antes de enfrentar a Sérvia, o Brasil decepcionou sua torcida com um empate de 1×1 contra a Suíça, em 17 de junho de 2018. Apesar do resultado ter frustrado os brasileiros, a partida serviu para mostrar ao mundo que a seleção suíça era osso duro de roer.
Quem também sentiu um gosto amargo após jogar contra a Suíça foi a França, na Euro 2020. Após um empate de 3×3, o goleiro Sommer pegou o pênalti de Mbappe e classificou os suíços para as quartas-de-final do torneio.
Apesar de não ter um elenco de encher os olhos, a Suíça sabe muito bem como truncar um jogo e fechar os espaços no seu campo de defesa. A equipe conseguiu empatar duas vezes com a Itália para conseguir a vaga direta na Copa.
Se os suíços demonstraram ter um coletivo forte, os destaques individuais vêm decaindo ao longo do tempo. Shaqiri, principal estrela do time, se transferiu na última janela para o Chicago Fire, dos Estados Unidos. Xhaka, um dos líderes do time, tem atuações irregulares no Arsenal já há algumas temporadas.
Alguns veteranos da última copa, como Lichtsteiner e Behrami, não jogam mais pela seleção. Por outro lado, a ausência de jogadores mais velhos abriu espaços para jovens promissores, como Okafor e Zakaria.
Até podemos considerar que o time titular da Sérvia é individualmente mais atrativo que o da Suíça. Contudo, o país dos Alpes sabe como ser competitivo e não tem medo de enfrentar seleções tradicionais. A expectativa é que o jogo contra o Brasil seja de bastante luta até o final.
- Escalação: 4-2-3-1 (mas não fique surpreso se entrarem em campo com três zagueiros);
- Destaques: Yann Sommer (B. Monchengladbach) e Xherdan Shaqiri (Chicago Fire).
Palpites
Apesar de Sérvia e Suíça serem adversárias de um bom nível, a seleção brasileira é uma das melhores do mundo. Nós temos jogadores melhores individualmente e um coletivo mais forte que os dois times.
No 1º jogo, contra a Sérvia, espero que a Seleção se solte depois de abrir o placar e tenha uma boa estreia. Acredito numa vitória por 3×1.
Já no 2º jogo, contra a Suíça, a partida pode ser mais complicada se o gol demorar a sair. Espero uma vitória por 1×0.
Camarões, que está num nível abaixo comparado a Sérvia e Suíça, promete ser a zebra do grupo. Não me espantaria assistir uma goleada do Brasil.
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