Você já ouviu falar no movimento NoFap? Diz uma velha piada que 98% dos homens se masturbam e os outros 2% estão mentindo. Brincadeiras à parte, esse é um hábito que, praticado com moderação, não traz um grande problema para a nossa vida. Acontece que com o surgimento da internet e a popularização dos smartphones, o acesso à pornografia foi ficando cada vez mais fácil.
Esse cenário levou muitas pessoas a se viciarem em pornô — e como resposta a isso, surgiu um movimento chamado NoFap, que defende a abstinência deste tipo de conteúdo. O vício em pornografia é um assunto sério. E não estamos dizendo isso por moralismo, mas porque traz uma série de malefícios à vida sexual da pessoa, por exemplo:
Assim como o organismo de um alcoólatra vai aumentando a sua tolerância com a bebida, no caso da pornografia é igual. O usuário de pornografia às vezes vai precisando de conteúdos cada vez mais exagerados para se sentir estimulado. E, quando vai fazer sexo, por mais que esteja com vontade, seu corpo às vezes não corresponde e ele acaba broxando.
Na masturbação, temos o controle da firmeza com a qual seguramos o pênis. Em geral, ele fica mais apertado do que durante o sexo, por isso pode haver uma diminuição em sua sensibilidade ao transar.
Na masturbação controlamos também a velocidade do estímulo. Quando você se acostuma a gozar em alta velocidade, pode encontrar dificuldades em atingir o clímax no sexo comum, que é mais cadenciado.
Às vezes o que acontece é exatamente o contrário ao que falamos no item anterior. Na masturbação, alguns homens se concentram em gozar o mais rápido possível e, quando estão com uma parceira física, não conseguem segurar, tendo um episódio de ejaculação precoce.
Como vocês podem ver, o negócio é sério. Esse consumo obsessivo de pornografia é um dos principais fatores que levaram a incidência de disfunção erétil aumentar drasticamente entre os jovens. Ao esperar que o sexo da vida normal seja igual ao de um filme erótico, muitas rapazes acabam falhando na Hora H pela falta de libido.
Como saber, então, se você está viciado em pornô? Não existe uma definição clínica, mas há alguns sinais que ajudam a identificar:
Caso você se identifique com algumas dessas afirmações, é possível que esteja com algum grau de vício. Mas não se desespere, porque há solução. Lembra o movimento NoFap que comentamos no começo do texto? Trata-se de uma comunidade online, com fórum, na qual as pessoas viciadas em pornografia trocam dicas — e oferecem apoio emocional — para superar a obsessão.
Ao contrário do que algumas pessoas imaginam, o NoFap não incentiva os homens a pararem de ser masturbar completamente, mas sim a fazê-lo sem o auxílio de pornografia.
A sugestão dos criadores do programa é ficar em 90 dias de abstinência total, incluindo sexo, para fazer uma espécie de “reboot” nos hábitos sexuais. Depois disso você pode voltar a transar e se masturbar, mas de preferência eliminando a pornografia da rotina, para não recair no vício.
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