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A nossa Seleção Brasileira de todos os tempos

É tempo de Copa do Mundo — e montei minha Seleção Brasileira de todos os tempos.

É subjetiva, naturalmente, como qualquer formação de time.

Fiz um corte para o Brasil depois de 1958, portanto posso ter cometido injustiças com os jogadores anteriores ao primeiro título mundial.

São duas equipes, titulares e reservas. São ambas ofensivas.

A curiosidade, para mim, é a presença de vários jogadores de uma seleção que não foi campeã, a de 1982, dirigida por Telê, o maior treinador da história futebolística nacional.

Como a Hungria de 54 e a Holanda de 74, o Brasil de 82 é uma lembrança doída de quanto uma Copa do Mundo pode ser cruel e injusta.

Meus dois times são ofensivos, como foi sempre o futebol brasileiro até que a sinistra influência europeia nos corrompesse, no final dos anos 1970.

O TIME PRINCIPAL (4-4-2)

  • Gilmar (58-62)
  • Carlos Alberto (70)
  • Mauro (62)
  • Luís Pereira (74)
  • Nilton Santos (58-62)
  • Falcão (82)
  • Didi (58-62)
  • Gérson (70)
  • Rivellino (70)
  • Garricha (58-62)
  • Pelé (70)

A EQUIPE RESERVA (4-3-3)

  • Marcos (02)
  • Djalma Santos (62)
  • Bellini (58)
  • David Luiz (14)
  • Roberto Carlos (02)
  • Clodoaldo (70)
  • Zico (82)
  • Sócrates (82)
  • Jairzinho (70)
  • Tostão (70)
  • Ronaldo (02)

Revejo os dois times. Maravilhosos. Na Copa dos meus sonhos, eles fariam a final, e eu torceria pelo time titular por um motivo: Rivellino, o maior ídolo que tive no futebol, o Reizinho do Parque, como o chamávamos os que tivemos a sorte incrível de vê-lo jogar.

Paulo Nogueira
Paulo Nogueira
Paulo Nogueira (1956-2017) é o pai de Pedro Nogueira, editor-chefe do El Hombre. "Ele foi meu herói", diz Pedro. "E continua sendo." Ao longo da carreira, dirigiu várias revistas da Abril e da Globo. Também escreveu artigos para o El Hombre que, frequentemente, reeditamos e republicamos no site.