Chega de olhar para trás e achar que seu filme, ator ou diretor favorito foi injustiçado no Oscar.
Aconteceu. É passado. Agora, siga em frente.
Sim, sabemos que é um tanto cedo para apostar dinheiro no Oscar 2016 — e não estamos sugerindo que você faça isso.
Surpresas podem aparecer — como já aconteceu no Festival de Sundance, que teve um vencedor inusitado que faz parte da nossa lista.
Ainda há pela frente festivais grandes como o de Cannes, Veneza e Toronto para termos mais convições.
Mas, com um ano repleto de grandes atrações e contando com o retorno de diretores consagrados (vide Scorsese e Tarantino), não é difícil já prever algumas cartas certas.
Então, hombre, confira nossa lista de 15 apostas (bem antecipadas) para o Oscar 2016.
The Hateful Eight
O novo projeto de Tarantino – que chegou a ser abortado em um momento pelo diretor graças ao vazamento do roteiro – lembra seus trabalhos mais antigos, especialmente Cães de Aluguel.
No Wyoming (estado americano), pouco depois da Guerra Civil Americana, um grupo de personagens excêntricos acaba ficando preso embaixo do mesmo teto durante uma nevasca.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Roteiro Original
The Revenant
Próximo projeto de DiCaprio – o ator escolhe os filmes em que atua com o mesmo cuidado de um diretor, e por isso passou a trabalhar como produtor – que escolheu ninguém menos do que Alejandro González Iñarritu como diretor, logo depois do sucesso que conseguiu com Birdman.
A trama, situada no século 19, acompanha um homem em busca de vingança depois de ser roubado por seus amigos quando foi mordido por um urso e largado praticamente morto.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Ator Principal (Leo Di Caprio) e Coadjuvante (Tom Hardy)
Silence
Qualquer filme de Martin Scorsese entra, merecidamente, no radar da Academia. Nesse projeto que o diretor adia a anos, estrelado por Liam Neeson e Andrew Garfield, Scorsese foca na história de dois padres jesuítas que encaram a violência do Japão enquanto viajam pelo país tentando espalhar o cristianismo.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Fotografia
The Light Between Oceans
Derek Cianfrance, apesar de jovem, já ganhou reconhecimento da Academia com Blue Valentine. Seu novo filme, agora com uma produtora de relevância como a DreamWorks por trás, é baseado no livro The Light Between Oceans.
Estrelado por Michael Fassbender e Rachel Weisz, o filme apresenta um soldado que acaba de voltar da 1ª Guerra Mundial e trabalha agora num farol. Lá, ele encontra um bebê em um barco salva-vidas no mar e acaba o adotando.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Fotografia
St. James Place
Na boa? Esse filme deve ser apenas bom, nada do que não tenhamos visto antes, contando mais uma história entre americanos e soviéticos durante a Guerra Fria. Mas ele cheira a Oscar. Sabe por que? É baseado em fatos reais. E Spielberg dirige. E Tom Hanks estrela. Pronto.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Fotografia, Ator Principal (Tom Hanks)
Steve Jobs
Apesar da complicada pré-produção, o filme que centra em três momentos centrais na vida de Steve Jobs tem tudo para ser um dos figurões da cerimônia: é dirigido por Danny Boyle (Transpotting, Quem Quer Ser Um Milionário?, 127 Horas) escrito por Aaron Sorkin (A Rede Social) e estrelado por Michael Fassbender (12 Anos de Escravidão).
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator Principal (Michael Fassbender)
That’s What I’m Talking About
O novo filme do prolífico Richard Linklater – que lançou em 2013 Antes da Meia-Noite, desfecho de sua trilogia romântica, e em 2014 o grande sucesso Boyhood – é considerado uma “sequência espiritual” do seu clássico Jovens, Loucos e Rebeldes, que catapultou nomes como Milla Jovovich, Ben Affleck e Mathew McCounaghey.
Se o anterior tratava do colegial, That’s What I’m Talking About apresenta um jovem que acaba de entrar na faculdade e fica amigo do grupo do time de baseball.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Roteiro Original
The Danish Girl
Este interessante filme conta a história da primeira pessoa a passar por uma cirurgia de mudança de sexo. Na Dinamarca dos anos 50, uma pintora pede a seu marido que pose como modelo feminina para seus quadros; o tiro sai pela culatra, o marido acaba se identificando com o papel e decide fazer a cirurgia.
O longa é dirigido pelo já vencedor Tom Hooper (O Discurso do Rei) e, pasme, estrelado por Eddie Redmayne, tornando-se grande candidato ao que seria seu segundo Oscar de Melhor Ator consecutivo.
Nossas Apostas: Melhor Filme, Diretor, Roteiro Adaptado, Ator (Eddie Redmayne)
Me & Earl & The Dying Girl
Principal surpresa do Festival de Sundance (que ano passado teve como vencedor o multi-indicado Whiplash), o longa ganhou elogios pela abordagem nada tradicional, misturando comédia e drama a um tema que na maioria das vezes gera dramalhões.
A história foca em dois cinéfilos que têm que cuidar de uma garota que está com câncer. O próprio título já dá uma ideia do tipo de humor. E, se não bastasse, um dos atores no elenco é Nick Offerman (o Ron Swanson de Parks and Recreation) que merece um Oscar por simplesmente existir.
As indicações que apostamos: Melhor Roteiro Adaptado
Joy
David O. Russel tem nos oferecido grandes filmes, sempre notados pela Academia – isso foi provado com a trinca formada por O Vencedor (2010), O Lado Bom da Vida (2012) e Trapaça (2013).
Agora, em sua nova empreitada reeditando a parceria bem sucedida que formou com Jennifer Lawrence, Russel contará a história de Joy Mangano, que divide sua vida entre empreendedora e mãe solteira.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Atriz Principal (Jennifer Lawrence).
Sea of Trees
O novo longa do já premiado Gus Van Sant tem como trama um americano (Mathew McCounaghey) que vai até a Floresta do Suicídio, na base do Monte Fuji, no Japão. Lá, ele conhece um japonês (Ken Watanabe) que também pretende se suicidar e os dois passam a refletir sobre sua sobrevivência.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Ator Principal (Mathew McCounaghey), Coadjuvante (Ken Watanabe)
Beasts of No Nation
O Netflix não costuma errar na mão, e já marcou a distribuição desse longa de Cary Fukunaga, que assinou a direção de toda a primeira temporada de True Detective, e conta a história de Abu, um menino forçado a se tornar um soldado durante a guerra civil no oeste da África.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Ator Coadjuvante (Idris Elba)
Knight of Cups
Terrence Mallick, um dos mais singulares diretores da história do cinema, e sempre é lembrado com carinho no Oscar – apesar de nunca comparecer. Com seu estilo contemplativo, Mallick reflete sobre fama e luxúria no mundo das celebridades em seu novo Knight of Cups, estrelado por Christian Bale, Cate Blanchet e Natalie Portman.
As indicações que apostamos: Melhor Filme, Direção, Fotografia
Miles Ahead
Sabemos como o Oscar gosta de cinebiografias. O filme foca na época em que Miles Davis tentou voltar à música, além de questionar seu primeiro casamento.
As indicações que apostamos: Melhor Ator (Don Cheadle)
Carol
Novo filme do respeitado Todd Haynes, Carol conta a história de uma vendedora de loja que sonha com uma vida melhor e acaba se apaixonando por uma mulher mais velha e rica. É estrelado pela igualmente respeitada Cate Blanchet e Rooney Mara.
As indicações que apostamos: Melhor Fotografia, Atriz Principal (Rooney Mara), Coadjuvante (Cate Blanchet)
Star Wars VII: O Despertar da Força
Esperta que é, a Academia não deixará o maior lançamento do ano de fora da festa. Episódio VII promete muito, ironicamente, pelo pouco envolvimento de George Lucas, considerado por muitos o principal problema por trás da última trilogia.
J.J. Abrams parece ser o diretor ideal para essa nova fase da franquia, com um olhar ao mesmo tempo moderno, mas respeitoso com o passado. A trama lançará um novo trio de heróis, seguindo os ensinamentos de Han Solo, Leia e, claro, Luke Skywalker.
As indicações que apostamos: A Força estará, pelo menos, com os Efeitos Especiais