InícioAtitudeRelacionamentoO cavalheirismo ainda é válido no relacionamento moderno?

O cavalheirismo ainda é válido no relacionamento moderno?

Os homens e as mulheres veem o cavalheirismo de forma diferente. Dependendo da sua idade, deve ser algo da época do seu avô. Se você tem alguns bons anos nesta estrada de lidar com as mulheres, deve saber que o cavalheirismo é uma poderosa arma na conquista.

Para as mulheres o cavalheiro é uma espécie em extinção, talvez porque os homens tenham deixado de lado algumas atitudes com medo de parecerem bobos ou amantes à moda antiga, do tipo que ainda manda flores.

Dificilmente quem nasceu nos anos 90 está acostumado a abrir a porta do carro para uma mulher, por exemplo. Mas isso não impede nenhum homem em ter cuidado com a mulher que está com ele. Se você for educado e gentil já está na frente dos outros que acha que isso é atitude de homem babaca.

Não adianta negar, vivemos em um país machista onde os papéis são divididos. Ela isso, você aquilo. Não falamos em viver na época das cavernas, mas a grande maioria quer mesmo ser o macho provedor enquanto a mulher faz todo o resto.

Acontece que o mundo mudou e quem não acompanha as mudanças dança.

A gente já sabe que a grande maioria das mulheres trabalha, é independente financeiramente e faz o que bem quiser da vida.

Aí começa a confusão.

Os homens não entendem onde se encaixam neste novo papel feminino uma vez que sempre foram os provedores e abrir a porta do carro para alguém se torna completamente inadequado porque, se ela pode ser independente, que abra a porta sozinha.

Algumas mulheres estão assumindo tanto o papel do homem em suas atividades no dia a dia que até o que eles deveriam fazer sozinhos elas resolvem fazer por eles. Com isso, deixam de perceber ou receber o cavalheirismo simplesmente porque não dão espaço.

Tem sempre aquela mania de ir fazendo, combinar o restaurante, pegar o carro, escolher a mesa e o vinho e no final sacar a carteira para pagar a conta. É o hábito de ser independente.

Claro que não queremos ninguém que escolha o que devemos comer ou que reclama quando comemos demais, muito menos um homem que empurra a conta para cima de nós.

Vamos deixar claro que não procuramos um patrocinador para nossas horas de lazer e sim um homem educado, qualidade que já deve ficar latente logo nos primeiros encontros.

Gentileza e educação são fundamentais sempre. Não ache que você vai ser taxado de brega por isso. Como quase tudo na vida, vale a parcimônia. Sem exagerar e forçar fica mais fácil.

Para algumas mulheres o cavalheirismo vai além, é mostrar que você tem cuidado demonstrando isso com atitudes. Tem gente por aí que prefere namorar um completo babaca e pedir a qualquer divindade que ele se torne um príncipe encantado somente com ela.

Para os homens, vale ficar atento e ter cuidado com as mulheres carentes, aquelas que aceitam qualquer coisa. Elas não procuram companheiros – fazem reféns.

Já ouvi muita mulher reclamar de grosseria, mas nunca ouvi nenhuma reclamar de cavalheirismo. Ser educado não faz mal nenhum e não quer dizer que ela valha menos do que você ou qualquer coisa do gênero.

A verdade é que não dá para ficar ao lado de uma pessoa que não demonstra fisicamente e emocionalmente o respeito pelas mulheres. E que fique claro, a gente acha que o contrário também é válido.

Julia Duarte
Julia Duarte
A jornalista Julia Duarte, autora do livro "Relacionamento Ioiô", ajuda os leitores do El Hombre a compreenderem o universo feminino. "Não tenho a fórmula do amor", ela diz. "Só quero deixar a pista menos escorregadia e o beco com saída."