“Sabe o chão? Tô sem.” Nas redes sociais, nos fóruns de discussão, nas sessões de comentários — este foi o sentimento geral em relação ao último episódio de “Game of Thrones”. Finalmente o mistério sobre Hodor foi revelado, de uma maneira tão trágica quanto gloriosa.
Como descobrimos anteriormente nesta temporada, Hodor era um garoto saudável no passado chamado Wyllis, antes de ter seu vocabulário reduzido à palavra “Hodor”. Mas como isso aconteceu? E o que significa “Hodor” afinal?
A resposta complica ainda mais o já complicado mundo de “Game of Thrones”.
No episódio de domingo, os White Walkers encontraram a caverna em que Bran, o Corvo e companhia estavam escondidos. Foi o massacre que você pode imaginar e, no final, restaram apenas Bran, Meera e Hodor fugindo por uma porta nos fundos, com os inimigos em seu encalço.
Acontece que a mente de Bran, neste momento, não estava no presente — e, sim, no passado, enquanto Meera levava seu corpo num trenó. Ela então começa a gritar “hold the door” a Hodor para segurar os Wights, o exército de zumbis dos White Walkers.
De alguma maneira inexplicável, a presença de Bran no passado conectou o Hodor adolescente ao adulto. Então o jovem Wyllis teve um colapso mental repetindo “hold the door, hol the door, ho the door, ho door…” até chegar finalmente em “hodor”.
Paralelamente a essa cena, o Hodor adulto segurava heroicamente uma porta de madeira contra os Wights, que começaram a quebrá-la e o atacaram por entre as frestas. Ele morreu defendendo seus amigos até o último sopro de força.
Foi épico. Talvez o melhor final de episódio nas 5 temporadas de “Game of Thrones” até hoje.
Mesmo revendo a cena algumas vezes e lendo sobre ela em vários sites, admito que não tenho certeza se a compreendi 100%.
Minha impressão é que a mente do Hodor adolescente assumiu controle do Hodor adulto. O que possibilitou isso foi a presença de Bran no passado, que abriu uma janela temporal. Me parece que Bran não entrou na cabeça de Hodor em momento algum. Hodor se sacrificou para salvar o jovem Stark por amizade e amor à causa.
(Se alguém tem uma leitura diferente, eu adoraria discutir na sessão de comentários.)
O fato é que esse episódio abriu “Game of Thrones” para uma possibilidade perigosa: a manipulação do passado. Está claro que as viagens temporais de Bran podem alterar o futuro.
Numa série em que tudo pode acontecer — tipos dragões voando livres no céu e pessoas voltando da morte — agora ainda mais possibilidades aparecem no horizonte. Bran pode alterar todo o rumo de Westeros se quiser.
Só esperando para saber como George R.R. Martin e os produtores da série vão lidar com essa questão.
Mas o que sabemos é que “Game of Thronres” teve a sua morte mais triste no domingo. Claro que o destino de Ned, Robb, Oberyn e outros também foi trágico. Mas a morte deles foi mais chocante do que triste em si, ao contrário do que aconteceu com Hodor, o heroi silencioso de Westeros. RIP.
