Já vi que o tema do trabalho interessa. Então publico aqui dez trechos de um clássico sobre o assunto, O Direito à Preguiça, do escritor francês Paul Lafargue.
- “Sejamos preguiçosos em tudo, exceto em amar e em beber, exceto em sermos preguiçosos.”
- “O trabalho é a causa de toda a degenerescência intelectual, de toda a deformação orgânica. Comparem o puro-sangue das cavalariças de Rothschild, servido por uma criadagem de bímanos, com a pesada besta das quintas normandas que lavra a terra, carrega o estrume, que põe no celeiro a colheita dos cereais.”
- “Os filósofos da antiguidade ensinavam o desprezo pelo trabalho, essa degradação do homem livre; os poetas cantavam a preguiça, esse presente dos Deuses.”
- “Jeová, o deus barbudo e rebarbativo, deu aos seus adoradores o exemplo supremo da preguiça ideal; depois de seis dias de trabalho, repousou para a eternidade.”
- “O provérbio espanhol diz: descansar es salud (descansar é saúde).”
- “A nossa época é, dizem, o século do trabalho; de fato, é o século da dor, da miséria e da corrupção.”
- “Introduzam o trabalho de fábrica, e adeus alegria, saúde, liberdade; adeus a tudo o que fez a vida bela e digna de ser vivida.”
- “Que se proclamem os Direitos da Preguiça, milhares de vezes mais nobres e sagrados do que os tísicos Direitos do Homem; que as pessoas se obrigue a trabalhar apenas três horas por dia, a mandriar e a andar no regabofe o resto do dia e da noite”
- “O trabalho desenfreado é o mais terrível flagelo que já atacou a humanidade.”
- “A paixão cega, perversa e homicida do trabalho transforma a máquina libertadora em instrumento de sujeição dos homens livres: a sua produtividade empobrece-os.”