Ladies & Gentlemen.
Vi, na madrugada fria londrina, o assalto de que foi vítima o Corinthians.
Sou colunista de futebol há quase 30 anos, e não me recordo de haver visto uma arbitragem tão catastrófica.
Aqui, a carreira de Mr Amarilla estaria encerrada, em grande desonra.
Erros acontecem, mas em geral eles se distribuem entre os dois times, numa harmonia caótica e razoavelmente eficiente.
Desta vez, não.
Até um jornal argentino agradeceu a mão do juiz, e isso diz tudo.
Leio que ele será suspenso. É o mínimo.
Tecnologia no futebol, se vê mais uma vez, é vital. Funciona no tênis, funciona na NBA, funciona no futebol americano.
Por que não no futebol?
Você reduz com ela injustiças flagrantes, como a deste jogo, e inibe também a corrupção entre os juízes.
Façam como no tênis. Deem a cada equipe um número limitado de chances para questionar uma marcação. Três por tempo, por exemplo.
E usem a tecnologia. Um auxiliar do juiz pode acompanhar de alguma cabina o jogo e, com os recursos de hoje, examinar lances difíceis e dar o veredicto ao juiz em alguns segundos.
Na NBA, por exemplo, o replay instantâneo é usado desde 2002. É simples e eficiente: o árbitro tem dúvida quanto a um lance polêmico? Ele interrompe o jogo, revê a cena numa televisão e, com a ajuda dos seus auxiliares, toma a decisão correta. Isso não leva mais do que 1 ou 2 minutos, menos tempo do que a cera que os jogadores argentinos costumam fazer ao receber qualquer falta.
Você só entende por que até agora isso não foi feito quando vê que os homens por trás do futebol são os Havelanges e os Ricardos Teixeiras, com seu atraso e sua cupidez criminosa.
Atenciosamente,
Scott.
Tradução: Erika Nakamura
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