Todo mundo se arrepende de certas coisas que fez na vida. Podem ser coisas grandes, pequenas, antigas ou recentes. Mas não tem escape. O arrependimento é tão feroz e certeiro quanto as odds de um cassino.
Se alguém perguntar a minha lista de arrependimentos, eu poderia citar vários exemplos. Mas honestamente? Eu convivo bem com o arrependimento pelas coisas que fiz. Pelos meus fracassos. Pelos meus erros. O duro mesmo é lidar com o arrependimento pelas coisas que não fiz. As vezes em que o medo ou a inércia me impediram de… bem, de viver, para resumir numa palavra.
Faça o teste. Pare de ler este texto e gaste 2 minutos refletindo: quais são seus maiores arrependimentos?
Pensou? A não ser que você tenha cometido alguma besteira de proporções antológicas, provavelmente lamentou mais as coisas que não fez quando teve a chance.
Essa conversa pintou pouco tempo atrás aqui na redação do El Hombre. Estávamos falando da época da escola e, lógico, as garotas surgiram no papo. Não havia ninguém arrependido de chegar numa menina e tomar um fora, por mais vergonhosa que a bota possa ter sido.
Mas foi unânime: todo mundo já passou por um caso (ou vários) em que teve a chance de tentar um beijo com uma garota, travou pelo medo da falhar — e se arrependeu profundamente depois.
Não existe arrependimento maior do que pelas coisas que não fizemos. Aquela garota que não chegamos; o tempo que não passamos com alguém querido que já se foi; aquela aventura que não fizemos com os amigos.
Isso tudo passou, senhores. Não adianta ficar lamentando agora. Faça as pazes com seu passado. Mas apenas olhando para ele nós podemos mudar as coisas no futuro. E a mudança que você precisa fazer agora é arriscar mais. Fracassar mais. Errar mais.
Se for para ter arrependimento daqui a alguns anos, que seja pelas coisas que você fez. Não pelas oportunidades que deixou passar.
E vergonha? Não, tenha orgulho — isso sim — dos seus fracassos. Eles são a testemunha de que você jogou as cartas que a vida te deu de uma maneira corajosa.
