Você já ouviu falar na Síndrome de Burnout, a doença causada pelo excesso de trabalho?
A revolução industrial trouxe para o nosso mundo modificações que nem mesmo os preceitos da Revolução Francesa conseguiram mudar: um ritmo frenético de trabalho, mais evidente em certos países do que em outros, porém, exacerbado em todo o mundo.
Em alguns países asiáticos, uma jornada de trabalho de 12 horas diárias não é incomum – aliás, às vezes uma jornada inferior a isso é uma exceção à regra.
No Brasil, nossa jornada preconizada é de 40 horas semanais, mas há muitos que já fazem 10 ou 12, prolongam o sábado, emendam o domingo… E, em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, estas jornadas não raramente aumentam com várias horas de trânsito no deslocamento casa-serviço-casa.
Com este excesso de trabalho, chega um determinado momento em que o corpo se esgota: é a Síndrome de Burnout.
Sua descrição original conta com 12 fases, mas o indivíduo não precisa necessariamente passar por cada uma delas, nem segui-las em ordem. Elas servem mais como norteadores e indicam uma série de fatores no seu emprego que podem levá-lo à estafa:
1# COMPULSÃO DE SE AUTOAFIRMAR: Provar no seu trabalho que você é capaz de fazer tudo. Geralmente é uma característica de perfeccionistas e ambiciosos, que são mais sujeitos à síndrome.
2# TRABALHAR COM MAIS INTENSIDADE: É uma consequência da fase anterior.
3# NEGLIGÊNCIA DAS SUAS NECESSIDADES: Para conseguir atingir a sua meta, o trabalhador negligencia alimentação, descanso, sono, família, lazer…
4# RECALQUE DOS CONFLITOS: Você percebe que algo está errado, mas não sabe a origem do problema.
5# REVISÃO DE VALORES: O trabalhador se isola, evita conflitos, modifica seus valores, usando suas poucas energias restantes para o serviço e ignorando todo o resto.
6# NEGAÇÃO DOS PROBLEMAS EMERGENTES: A pessoa torna-se intolerante, coloca toda a culpa no seu excesso de serviço, mas ignora que o problema vem, muitas vezes, dele mesmo.
7# AFASTAMENTO: Reduz ao mínimo (às vezes, nulo) o seu contato social. Muitas vezes, nesta fase encontram-se sem esperanças ou direção, recorrendo a drogas para alívio.
8# MUDANÇAS ÓBVIAS DE COMPORTAMENTO: Já perceptível por outros – familiares ou colegas de serviço.
9# DESPERSONALIZAÇÃO: O trabalho torna-se tão importante, e a pessoa se negligencia tanto, que ela perde a noção de si mesma, tornando-se basicamente um robô executando sua função.
10# VAZIO INTERIOR: Para compensar esta sensação, pode haver abuso de outras atividades – comida, sexo, drogas.
11# DEPRESSÃO: É o penúltimo estágio, no qual a pessoa se encontra sem esperanças, exausta, totalmente indiferente ao mundo e sem qualquer perspectiva para o futuro. A maioria dos trabalhadores que sofrem desta síndrome encontra-se nestes 3 últimos passos.
12# SÍNDROME DE BURNOUT: A síndrome propriamente dita, é o ápice de um processo relativamente longo de exaustão. A pessoa literalmente entra em colapso físico e emocional, tendo de buscar ajuda médica ou psicológica imediata.
➤ FIQUE ATENTO AOS SINAIS: Para se prevenir, o principal é estar atento aos sintomas: sinais de descontentamento com o seu trabalho, ou mesmo aquela sensação de depressão e vazio de domingo à noite podem indicar que algo está errado com o seu emprego. Neste ponto, é importante pensar sobre o que está acontecendo e buscar soluções – não necessariamente apenas dentro do seu emprego.
➤ INVISTA NO LAZER SAUDÁVEL: Procure atividades de lazer e torne isto uma rotina: ao menos 30 minutos diários dedicados exclusivamente a si mesmo. Exercícios físicos, além de fazerem bem para o sistema cardiovascular, ajudam a combater o estresse e a ansiedade, e desviam a mente do trabalho.
➤ RELAXE NO TRABALHO: No seu ambiente profissional, quando possível, procure fazer pausas (o bendito cafezinho), não atenda ao telefone e não pense no serviço durante o almoço e, se você simplesmente não estiver satisfeito com a função que exerce, tente procurar outro emprego, que seja mais significativo para você.
➤ BUSQUE AJUDA PROFISSIONAL: Por fim, se nada disso estiver sendo o suficiente, busque a ajuda de profissionais de saúde, como psicólogos e psiquiatras, que podem construir em conjunto uma estratégia de enfrentamento para o seu emprego e vida diária.
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