Quando falamos de relógios, muitos pensam imediatamente nos modelos de quartzo, que funcionam com bateria. Isso é compreensível, porque a maioria dos modelos utiliza este sistema — já que eles são mais baratos de fabricar e necessitam de menos manutenção. No entanto, o mundo dos relógios é muito mais amplo e diversificado. Entre todas as opções, uma categoria se destaca por sua história, complexidade e charme: o relógio mecânico.
Um relógio mecânico, em sua essência, é uma maravilha da engenharia miniaturizada. Ao contrário dos relógios de quartzo, que utilizam bateria para manter o tempo, o relógio mecânico utiliza um complexo mecanismo físico.
Neste intrincado sistema de engrenagens e molas, cada componente desempenha um papel vital na medição precisa do tempo. Existem dois tipos principais de relógios mecânicos: os de corda manual (mais raros) e os automáticos (mais comuns).
• CORDA MANUAL: Nos relógios de corda manual, a fonte de energia é uma mola principal que precisa ser enrolada manualmente. Este ato, conhecido popularmente como “dar corda no relógio”, armazena energia potencial na mola que é liberada gradativamente para mover as engrenagens e, por consequência, os ponteiros do relógio.
• AUTOMÁTICO: Os relógios automáticos, com auto-enrolamento, possuem um mecanismo adicional na forma de um pequeno peso semicircular chamado rotor. Este rotor gira com o movimento natural do pulso do usuário, e essa ação enrola automaticamente a mola principal. Isso significa que, desde que o relógio seja usado regularmente, ele continuará a enrolar-se sozinho e manterá o tempo com precisão.
Os relógios mecânicos são verdadeiras joias da relojoaria. À primeira vista, eles podem parecer simples, mas seus mecanismos internos são surpreendentemente complexos. Com centenas de pequenas peças trabalhando juntas em uníssono, é um espetáculo de precisão e coordenação. Além disso, a interação direta que um relógio mecânico proporciona ao seu dono é muitas vezes apreciada como um gesto de cuidado e respeito pela engenharia do relógio.
Tanto os relógios de corda manual, quanto os automáticos, possuem o que é chamado de reserva de energia. Isso se refere à quantidade de tempo que o relógio pode funcionar sem precisar ser enrolado novamente. Em geral, esta reserva varia de 36 a 48 horas, embora alguns modelos de luxo possam ter reservas de energia que duram uma semana ou mais.
Nos relógios de corda manual, a manutenção dessa reserva de energia envolve o ato rotineiro de dar corda no relógio, geralmente girando a coroa. Para os relógios automáticos, por outro lado, a simples ação de usar o relógio é suficiente para mantê-lo enrolado, graças ao rotor que capta o movimento do pulso.
Manter um relógio mecânico funcionando não só assegura que ele continue a manter o tempo corretamente, mas também mantém as peças móveis adequadamente lubrificadas. E se você esquecer de dar corda no seu relógio manual, ou deixar de usar seu automático por tempo suficiente para que ele pare? Não há problema. Basta dar corda novamente no manual, ou dar um pouco de movimento ao automático, ajustar o tempo, e seu relógio estará de volta à ação, funcionando perfeitamente.
A resposta para esta pergunta depende muito da perspectiva. Em comparação com os relógios de quartzo, sim, os relógios mecânicos — tanto automáticos quanto manuais — podem ser considerados mais raros. Os relógios de quartzo dominam o mercado devido à sua simplicidade de fabricação, robustez, preço acessível e precisão.
Os relógios mecânicos, por outro lado, são mais caros e complexos de fabricar. Isso se deve à precisão requerida na fabricação. Dito isto, não são exatamente raros, especialmente no mercado de relógios de luxo. Grandes marcas como Rolex, Patek Philippe e Audemars Piguet, por exemplo, produzem predominantemente relógios automáticos.
Os relógios mecânicos automáticos são bastante comuns no mercado de luxo e também em alguns segmentos de mercado mais acessíveis, com marcas como Seiko e Orient oferecendo opções nessa categoria. Já os relógios de corda manual, embora menos comuns que os automáticos, ainda têm uma presença marcante, particularmente entre os aficionados por relógios e nas coleções de marcas de alta relojoaria.
Em resumo, embora os relógios mecânicos sejam menos comuns que os de quartzo, eles não são necessariamente raros. Eles ocupam um nicho importante no mundo da relojoaria, cada um atendendo a um tipo específico de cliente — aqueles que valorizam o artesanato e a tradição da relojoaria mecânica.
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