A Seleção Brasileira de 2014 não é das melhores da história, especialmente com as ausências de Neymar e Thiago Silva.
Mas sejamos honestos?
Também não é tão ruim assim, a ponto de merecer uma goleada destas da Alemanha.
O que explica, então, o massacre que sofremos no Mineirão?
Quem pratica o pôquer sabe: o tilt.
Este é um velho conhecido de quem joga cartas e, nos clubes brasileiros, atende também pelo nome de “se queimar”.
Tentarei explicar da maneira mais resumida possível: é quando você amarga um revés inesperado e, logo depois disso, sofre um apagão mental, se afundando como uma âncora em alto mar.
Foi exatamente o que aconteceu com o Brasil hoje.
Depois de sofrer um gol aos 10 minutos de jogo, ao vacilar num escanteio, o time tiltou.
Resultado?
Tomou mais 4 num intervalo de 6 minutos. Depois vieram mais.
O que faltou para a Seleção hoje não foi apenas estratégia ou técnica — mas psicológico.
Uma das primeiras lições que um jogador de pôquer aprende é a controlar o tilt. É uma necessidade vital. Sem isso, você ganha fichas a noite inteira e, em questão de minutos, joga tudo fora.
Se a comissão técnica tivesse promovido aulas de pôquer para o time, a história poderia ter sido diferente hoje.
A derrota, talvez, não fosse evitada.
Mas sem dúvida não seria tão vergonhosa assim.
O pôquer hoje é aceito, internacionalmente, como um jogo que ensina lições para os negócios, relacionamentos e muitos outras esferas da vida.
A prova é que universidades como Harvard, Yale e o MIT o lecionam em sua grade curricular.
Não tenho propriedade para criticar a convocação, escalação ou esquema tático do Felipão.
Mas de algo tenho certeza: se ele conhecesse o Texas Hold’em, não teríamos sofrido a humilhação de hoje.
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