Nós já falamos algumas vezes sobre Leonardo da Vinci aqui no El Hombre, tido por muitos como o maior gênio da história da humanidade. Mas por que ele era tão extraordinário assim? Porque ele se destacou em várias áreas das ciências e das artes ao longo de sua vida. Pintor, escultor, arquiteto, engenheiro, inventor, matemático, escritor, físico, botânico… A lista é longa.
E o fato mais admirável é que ele era bom em tudo que fazia. Talento? Com certeza tinha alguma dose. Mas o seu grande segredo era a curiosidade apaixonada que ele possuía por adquirir novos conhecimentos. Existe uma palavra, que vem do grego, para definir pessoas como Leonardo da Vinci: polímata.
Polímata é aquele indivíduo que sabe muito sobre várias coisas. E não estou falando do ponto de vista superficial. Sabe mesmo. Estuda. Pesquisa. Se aprofunda no assunto. O conceito de “polímata” nasceu na época do Renascimento, lá pelo século 15. Esse movimento foi um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, cujo epicentro ocorreu na Itália, depois se espalhando por toda a Europa.
Houve uma revolução artística, cultural e social inspirada nos ideais da Antiguidade, especialmente a Grécia clássica. Enquanto na Idade Média predominava o teocentrismo – ou seja, a religião era o foco de tudo –, o Renascimento propagou o antropocentrismo, colocando o ser humano como centro das atenções.
Então, sendo o humano uma espécie inteligente, forte e capaz, nada mais justo do que abraçar todo o conhecimento possível que o mundo tem a oferecer – e desenvolver o seu potencial ao máximo. Surge, assim, o conceito do polímata.
Antes de falar sobre “como” virar um polímata, eu gostaria de chamar a atenção para a utilidade de possuir essa virtude no mundo atual. Com a revolução digital, os chamados “profissionais 360 graus” cada vez se destacam mais na carreira. São aquelas pessoas com alta capacidade de inovação, execução e integração em diferentes áreas do negócio.
O poder de adaptação também é crucial, pois a cada ano surgem novas tecnologias disruptivas – e você precisa estar preparado para aprendê-las rapidamente, se não quiser ficar para trás. Ao se tornar um polímata, você liga um interruptor no cérebro, digamos assim, que vai te transformar num cara mais versátil e criativo, sempre com disposição para aprender coisas novas.
Isso sem contar o fator social. Você será um cara mais interessante, pois tem conteúdo para se virar bem em qualquer conversa ou atividade.
Vamos agora ao “xis” da questão: como faço para virar um polímata? A boa notícia é que nunca existiu época melhor da história para isso, porque hoje é fácil encontrar informação de qualidade sobre qualquer tema – e sem a necessidade de gastar muito.
O primeiro passo é definir as suas áreas de interesse, que dialogam com sua carreira, interesses pessoais e aptidões naturais. Mas não tente dar um passo maior do que a perna. Entenda que você não vai conquistar o mundo de uma vez. Foque-se em duas ou três coisas, no máximo, simultaneamente. Depois que você se sentir no domínio delas, pode expandir para diferentes campos.
Você já ouviu falar de Winston Churchill? Ele foi o primeiro-ministro britânico que combateu a Alemanha de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. É considerado por muitos o maior inglês da história. E, sim, ele tinha traços de polímata. Churchill era um especialista em incontáveis áreas. Sabe quantos livros ele leu durante a vida? Especula-se que mais de 5 mil. Os livros são a maior fonte de conhecimento. E com a popularização do ebook, você pode comprar uma enorme variedade de títulos com um clique (e a preços camaradas) pela Amazon, utilizando o aplicativo do Kindle para ler.
Também dá para aprender muito assistindo a vídeos no YouTube, TEDs, documentários via streaming e podcasts. Não podemos esquecer, ainda, dos cursos online. Os presenciais também são uma fonte riquíssima de aprendizado. Mas os cursos online têm duas vantagens: (1) você consegue adaptá-los mais facilmente à sua rotina e (2) dá para estudar com especialistas de todo o Brasil e do mundo pelo computador.
Por fim, faça amizade com pessoas que também se interessam pela área que você está estudando. Isso vai render ricas discussões e uma valiosa troca de informações.
A verdade é que está ao alcance de todo homem (e mulher, claro) se tornar um polímata. É apenas uma questão de estimular a sua curiosidade, para a sede por novos conhecimentos florescer dentro de você; e ter força de vontade para não desistir no meio do caminho.
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