Uma lista totalmente coerente. Não sou apreciador do trabalho do técnico Luiz Felipe Scolari, mas tenho que admitir: a escolha dos 23 jogadores para a disputa da Copa das Confederações obedeceu à ética de trabalho da comissão técnica brasileira. A mesma que Felipão jurou seguir quando iniciou novamente seu trabalho na Seleção.
As mesclas da juventude com a experiência e da vontade de jogadores pouco rodados com a ‘amarelinha’ aliado à vontade do primeiro título pela Seleção de outros já renomados são os pontos fortes para a esperança do torcedor pelo título do torneio que serve como base para a Copa do Mundo.
As ausências de Kaká e Ronaldinho Gaúcho, apesar do choque no primeiro momento pela importância dos dois atletas, são aceitas pelas justificativas e análises do treinador. O craque do Atlético-MG teve sua chance e não agarrou, não foi o líder esperado, quebrou regras de grupo e foi mal tecnicamente pela Seleção – fato que não acontece no Galo.
E ainda pior: não foi exemplo para o mais jovens com o erro por ter chegado atrasado à apresentação da Seleção. Além dele, o volante Ramires, do Chelsea, foi punido por um erro durante seu período com Felipão.
Felipão trabalhou sempre com um grupo praticamente fechado. Testou alguns jogadores, como Osvaldo, do São Paulo, Alexandre Pato, do Corinthians, e também Kaká e Ronaldinho. Em todas as suas chamadas manteve uma base. Foram 44 jogadores convocados, com 39 testados, em cinco partidas.
Apenas o meia-atacante Bernard, do Atlético-MG, nunca havia sido convocado anteriormente por Felipão e foi pego de surpresa.
Ao analisar friamente, sem a paixão e a preferência por algum jogador, como Ronaldinho Gaúcho, entendo que Felipão acertou na sua escolha. Ele quer dar experiência e rodagem ao seu elenco visando 2014, já que apenas quatro atletas (o goleiro Julio César, o lateral Daniel Alves, o zagueiro Thiago Silva e o atacante Fred) já participaram de uma Copa do Mundo.
Acertar na escolha da lista é uma coisa, conseguir fazer seus convocados jogarem o que planeja é outra. E nesse ponto, entretanto, entendo que falta muito ao Brasil. Assim vamos para a disputa da Copa das Confederações.
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