É. O Rock & Roll está no mesmo lugar que o Jazz, ou mesmo o Blues, esteve há duas décadas.
Vivendo, basicamente, de velhos artistas de mainstream, ou de jovens fadados a amargar o underground.
Conforme se aproxima o fim da última grande geração do Jazz, que tinha por exemplo Frank Sinatra, as grandes gerações passadas do rock passam a assumir o mercado de shows de senhores para senhores.
Dá para argumentar que os Beatles, os Rolling Stones, o Bob Dylan, sejam atemporais.
E é verdade.
Há fãs de todas as idades. Mas Ray Charles também era. O mesmo vale para Louis Armstrong, Ella Fitzgerald e alguns poucos outros monstros do gênero.
A relevância, portanto, tende a se dissolver, como a fumaça de um velho trem se dissolve no ar.
E penso no que há de mais relevante no rock hoje: Rolling Stones, Aerosmith e U2. Há um momento em que mal se vê a fumaça.
Estamos quase lá.