Um dos maiores mistérios da humanidade, juntamente com o sentido da vida, é como Mick Jagger ainda consegue se sacudir durante duas horas e meia num show dos Rolling Stones, aos 70 anos de idade e prestes a ser bisavô, sem ter um ataque cardíaco, um AVC ou coisa que o valha. Sua energia, e a de sua banda, naturalmente, levantaram o festival Glastonbury há poucos meses. Qual é o segredo da sua vitalidade, afinal? Fomos atrás da resposta. E a encontramos no tabloide inglês Daily Mail, que publicou em 2011 uma matéria sobre a disciplina do cantor e sua obsessão pela forma física. Obsessão doentia – mas ele depende disso para viver, afinal.
Seu pai, Joe Jagger, era um professor de educação física e instilou no filho o gosto pelos exercícios. Jagger tem um personal trainer norueguês chamado Torje Eike, que já treinou jogadores de futebol, atletas olímpicos e a ex-Spice Girl Geri Halliwell. Na preparação de uma turnê, corre 12 quilômetros por dia, nada, pratica kickboxing e pedala, além de frequentar uma academia. Faz também aulas de balé, ioga e pilates. No camarim, se aquece numa esteira, mas sem exageros para aguentar os 20 quilômetros que, em média, percorre no palco.
Os anos de abuso de álcool e drogas ficaram para trás, aparentemente. De acordo com o Daily Mail, ele bebe raramente hoje em dia. É chegado em vitaminas e remédios naturais. Sua dieta básica alimentar consiste em pão integral, batatas, arroz, feijão, massa, frango e peixe. Quatro horas antes de subir ao palco, come um prato de massa. A ex-mulher do guitarrista Ronnie Wood, Jo, apresentou-lhe às virtudes do abacate. Na hora de dormir, Jagger aplica cremes anti envelhecimento na face e nos olhos. Mais exatamente, das marcas Clarin e Lancome. Um creme facial à base de extrato de caviar também entra na receita.
Por último, mas não menos importante, Mick Jagger não abre mão de um ingrediente que vem dos primórdios dos Stones, tradição desde 1962: sexo. Mais frequentemente, com a atual namorada L’Wren Scott, designer de moda.
O método de seu parceiro Keith Richards é um pouco mais heterodoxo. Usuário de heroína por 15 anos, com algumas overdoses pelo caminho, Keith ainda fuma e bebe vodka com suco de laranja. Come de tudo um pouco, várias vezes, ao longo do dia. Em sua autobiografia, conta qual é sua receita de salsichas com purê de batatas, prato tradicional inglês. Havia um boato de que fazia transfusões anuais de sangue de cavalo. Keith não pode ser morto por métodos convencionais. Reza a lenda que nas noites de lua cheia seis virgens são oferecidas em sacrifício em seu nome.
Jagger está um pouco melhor na aparência. O vício custou a Keith os dentes, que foram trocados, e ele aparenta ter entre 70 e 1 milhão de anos. Os dois estão aí, mandando bala – e tudo indica que continuarão assim pelos próximos séculos. Alguma coisa deve estar dando certo.