8 parques para se perder em Londres

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Os britânicos são obcecados por seus jardins. Nenhuma cena é mais inglesa que a do sujeito que estica suas canelas ao sol fugidio sentado num banco. John Lennon, em I Am The Walrus, já cantava: “Sitting in an english garden, waiting for the sun”.

O príncipe Charles costuma ser ridicularizado por falar com as plantas de sua casa de campo em Gloucester, a Highgrove House. Charles chegou a ganhar uma medalha de honra da Royal Horticultural Society, entregue por sua mãe, a rainha Elizabeth.

Entrou num clube concorrido de apenas 63 horticultores por sua “paixão por plantas, jardinagem e o meio ambiente” (dizem que ele conversava mais com suas begônias do que com a ex-mulher, a princesa Diana).

Todo ano, os ingleses gastam perto de 6 bilhões de dólares em seus jardins. Os pequenos lotes comunitários na capital chegam a ter listas de espera de até 10 anos para candidatos a cuidar deles.

Não é coincidência, portanto, que os parques e jardins londrinos sejam melhores e mais bem cuidados que… bem, que similares em todo o mundo. Desapropriados da família real, da igreja e de nobres, eles são incríveis, principalmente se você alugar uma das Boris Bikes, as bicicletas de aluguel espalhadas pela cidade.

Se você está pensando em visitar a capital inglesa este ano, selecionamos 8 deles para você relaxar sob o sol britânico. Ainda que seja no inverno, o programa é imperdível.

Chelsea Physic Garden

Um jardim botânico fundado em 1673 com a missão de estudar o papel medicinal das plantas. Você pode comprar algumas, aliás, na lojinha. É um exagero, evidentemente, mas vai quê…

Green Park

Vizinho do palácio de Buckingham. O rei Carlos II costumava passear por aqui no século 17. Ficou popular como lugar de duelos. Pense nisso ao deitar sobre a grama verdinha.

Hampstead Heath

A vista mais bonita de Londres. Do alto da colina, se tem uma panorâmica belíssima. Ray Davies, o cantor dos Kinks, a mais britânica das bandas britânicas, já declarou seu amor pelo parque e pela paisagem de sua cidade. Ali perto fica o cemitério de Highgate, onde Marx está enterrado, e uma coleção de restaurantes e cafés charmosos.

Hyde Park

Henrique VIII caçava nestes bosques. O parque mais central de Londres é repleto de gente andando de patins, de bike, namorando na relva, passeando, fumando cigarro manufaturado. No verão, hospeda os famosos shows (e a famosa lama por causa da famosa chuva). O lago Serpentine tem, às suas margens, um restaurante delicioso. Na entrada do Marble Arch fica o Spearker’s Corner, onde você pode subir num caixote e fazer o seu discurso em nome da sua causa.

Kensington Gardens

Era uma continuação do Hyde, até que o rei Guilherme IV determinou que seriam os jardins do palácio de Kensington. O paisagismo é mais organizado que o do Hyde, com um lago retangular em frente ao palácio. O criador de Peter Pan, JM Barrie, doou uma estátua de seu personagem, que está ao lado do balaço das crianças.

Primrose Hill

Fica numa colina, com lindas vistas do centro de Londres.

Regents Park

Também um antigo local das caçadas reais, tem um canal para velejar, além de quadras de tênis e alvos para a prática de arco e flecha.

St. James’s Park

No coração do West End, uma de suas entradas dá de cara para o palácio de Buckingham. Era um parque de cervos no século XVI e um jardim no século XVII até ser remodelado pelo arquiteto John Nash, que deixou sua marca na reurbanização de Londres no século XIX. O mais antigo dos parques reais de Londres.

Kiko Nogueira

Kiko Nogueira é editor do Diário do Centro do Mundo. Ele foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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