Hoje em dia é quase impossível imaginar a vida sem um smartphone. Ele nos ajuda a encontrar lugares, lembrar dos nossos compromissos, mandar mensagens para os amigos, organizar eventos, fazer compras, tirar fotos, pagar contas e mais uma infinidade de outras coisas.
Às vezes quase nos esquecemos da sua função primordial, que é a de nos permitir falar com as pessoas.
As transformações pelas quais esses aparelhos têm passado nos últimos anos é um excelente termômetro para se avaliar o quão rápido temos caminhado para o futuro. Olhando para essas pequenas maravilhas hoje, quase não conseguimos acreditar no quanto elas evoluíram desde que surgiram no mercado.
As funções disponíveis são tantas que no final de um dia de uso contínuo acabamos precisando recarregá-los à noite para poder utilizá-los à vontade no outro dia.
— OS CARROS —
E quem diria que, em tão pouco tempo, o seu carro iria acabar disputando a tomada elétrica com o seu telefone?
Assim como a telefonia móvel, a indústria automobilística também teve sua evolução e este processo de amadurecimento contínuo mostrou que o desafio das próximas eras seria investir no uso de energias alternativas.
Não tem sido uma jornada fácil, mas a constante conscientização global sobre a necessidade de racionalizar o uso dos nossos recursos naturais tem empurrado cada vez mais para frente essa tecnologia.
Desde 1996, quando o primeiro protótipo elétrico apresentado por uma grande montadora apareceu, muita coisa mudou e muitas ainda vão mudar.
Modelos como os fabricados pela TeSla Motors, por exemplo, vieram para mostrar que aquela imagem de desempenho anímico associada aos carros elétricos é coisa do passado. Pode-se sim, se ter as duas coisas – velocidade e emissão zero (ou quase zero).
No entanto, ainda existem duas grandes barreiras e serem transpostas: a primeira delas é definir um modo mais otimizado de descarte das baterias velhas. Este processo ainda é muito caro e traz risco ao meio ambiente.
A segunda tem a ver com o mesmo problema que os nossos telefones ultramodernos têm: a baixa autonomia. Para ser uma opção viável, esses automóveis precisam fazer render cada carga que recebem, afinal, de que serviria um automóvel que passe mais tempo “abastecendo” do que rodando ?
Então resolvemos separar os 10 modelos elétricos mais eficientes no quesito autonomia.
10# Mitsubishi i-MiEV
Autonomia: 100 km (tempo de carga: 8 horas)
O pequeno modelo japonês está longe de ser uma unanimidade no quesito design, não é o mais moderno e tampouco um recordista de vendas – mas é um dos pioneiros do movimento dos “carros ecológicos” e detentor do 10º lugar a bastante tempo.
100 km não parece muita coisa, contudo, se pensarmos em um uso essencialmente urbano ele bem que dá conta do recado. O carro é 100% elétrico, usa uma bateria de 330 volts e chega a uma velocidade máxima de 130 km/h.
9# SmartForTwo Coupe
Autonomia: 110 km (tempo de carga: 8 horas)
Um pouco a frente do modelo japonês vem o pequenino Lotus, que já é bem conhecido aqui no Brasil, onde rapidamente conquistou um público mais chegado ao estilo alternativo e se tornou um carro de nicho. O modelo elétrico é dotado de um motor com 74 HP que leva o carrinho à velocidade máxima de 125 km/h. A bateria tem capacidade de 17,6 kWh.
8# Focus Electric
Autonomia: 122 km (tempo de carga: 4 horas)
Logo mais aparece o Ford Focus, nosso velho conhecido. Infelizmente a Ford ainda não trouxe a versão elétrica para o Brasil. Lá nos USA ele custa em torno de US$ 35.000, é 100% elétrico, tem um motor de 143 HP e alcança 135 km/h de velocidade máxima.
Recheado de itens tecnológicos, o Focus apresenta inúmeras soluções engenhosas para aumentar a autonomia da bateria de 23 kWh, como, por exemplo, os freios regenerativos que convertem a energia de frenagem em eletricidade.
7# BMW i3
Autonomia: 130 km (tempo de carga: 3 horas)
O modelo alemão (que vem para o Brasil ao custo estimado de R$ 240.000) é um dos modelos mais avançados já produzidos e também um dos mais bonitos. O motor de 170 HP atinge a velocidade máxima de 150 km/h e, assim como o Focus, também utiliza o sistema de freios regenerativos.
A bateria de 360 volts tem um sistema de carga rápida que permite abastecer 80% da capacidade total em apenas 20 minutos.
6# Chevy Spark EV
Autonomia: 132 km (tempo de carga: 7 horas )
A GM já participa a algum tempo do mercado de elétricos com o sedan Volt, mas o pequenino Spark é a grande vedete em termos de economia. Com um preço considerado baixo para os padrões dos elétricos (abaixo de US$ 20.000), ele é dono de uma das melhores relações custo-benefício.
O motor de 140 HP permite ao Spark alcançar a velocidade final de 145 km/h. A grande desvantagem dele é a bateria de 120 kW, que leva tempo demais para carregar totalmente.
5# Nissan Leaf
Autonomia: 135 km (tempo de carga: 8 horas )
O Nissan Leaf já é largamente conhecido em países como o México, onde é amplamente utilizado. Ele também foi um dos pioneiros no segmento de elétricos e até hoje se mantém como um dos recordistas de autonomia.
Classificado como um “midsize” (algo entre um compacto e um pequeno sedan), ele possui um motor capaz de gerar 107 HP e uma bateria de 24 kWh, que levam o carro até a velocidade máxima de 150 km/h.
4# Mercedes B-Class Electric Drive
Autonomia: 137 km (tempo de carga: 4 horas )
Principal concorrente do BMW i3, o Mercedes B-Class tem autonomia maior e é mais barato do que o rival. Perde somente no quesito tempo de carga porque não possui o recurso de “fast-charging” (recurso que diminui o tempo de recarga) presente no BMW.
Outra desvantagem é que, enquanto o concorrente pode ser carregado em qualquer tomada de 240V, o B-Class precisa de um sistema próprio de carga que é vendido à parte. Caso contrário, o dono tem de esperar 30 horas por uma carga completa.
O motor gera 177 HP e alcança a velocidade máxima de 161 km/h. A curiosidade desse modelo é que toda a tecnologia que ele utiliza no trem de força vem da Tesla Motors.
3# Fiat 500e
Autonomia: 140 km (tempo de carga: 4 horas)
Eis que o nosso simpático Fiat 500 também tem um irmão elétrico – não disponível por aqui. Assim como o Lotus Smart, ele também é um carro de nicho, porém faz muito mais sucesso por ser infinitamente mais funcional e eficiente.
Notadamente projetado para o circuito urbano, o carrinho agrada também na estrada com seus 111 HP e 160 km/h de velocidade final.
2# Toyota RAV4 EV
Autonomia: 166 km (tempo de carga: 6 horas)
O modelo da Toyota é considerado como o SUV mais eficiente dos EUA devido aos seus números de consumo, mesmo estando em segundo lugar no ranking de autonomia. O preço dele é um tanto quanto salgado para os padrões gringos (US$ 50.000), mas o carro acaba compensando por ser extremamente econômico.
Seus 154 HP o impulsionam a razoáveis 137 km/h de velocidade máxima, no entanto, o seu design – que foi reprojetado para diminuir ao máximo o coeficiente de arrasto – está longe de ser um exemplo de arrojo.
1# Tesla Model S
Autonomia: 426 km (tempo de carga: 4 horas)
O campeoníssimo do ranking mostra bem o porque da marca Tesla ser sinônimo de excelência em carros elétricos. Ninguém sabe qual a mágica que usam nesses carros – é o segredo mais bem guardado da empresa –, apenas se sabe que de alguma forma os engenheiros da companhia conseguiram juntar beleza, performance e emissão zero em um mesmo pacote de um jeito que nenhum outro conseguiu até hoje.
Não é à toa que os modelos da Tesla são disputados à tapa por aí. O motor de incríveis 302 HP faz o bólido alcançar 215 km/h de velocidade máxima e custo algo em torno de US$ 70.000. Não é muito? Apenas lembre-se que se trata de um modelo 100% elétrico.
Se ainda assim você não se convencer, a Tesla tem uma versão “apimentada” do modelo S com 416 HP que alcança quase 300 km/h de velocidade máxima e custa US$ 94.000.
O FUTURO NOS ESPERA
Evidentemente que muito ainda há de acontecer no universo dos carros elétricos, mas a verdade é que o futuro está aí, transformando nossas vidas. Em nosso país ainda temos uma série de problemas legais e burocráticos que praticamente inviabilizam a comercialização em larga escala dos modelos elétricos, no entanto, sabemos que esta realidade tende a mudar. Uma coisa é certa: você ainda verá muitos deles rodando por aí.