Os 7 piores erros na execução de alongamentos

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Alongar pode não ser sua atividade favorita. Mas é inegável que esse é um hábito importante em nossa rotina de exercícios, seja para aumento/manutenção da flexibilidade, seja para evitar problemas posturais, ou simplesmente para se sentir melhor.

Acontece que, por parecer simples, muitas pessoas alongam sem nenhuma orientação e, por isso, cometem muitos erros sem nem mesmo se dar conta.

Então vamos citar os 7 piores erros que você pode cometer ao se alongar. E fique esperto.

1# Alongar frio

Para alongar adequadamente é necessário estar aquecido. Isso não somente vai tornar o alongamento mais efetivo, mas vai evitar lesões. Portanto, esqueça aquela alongadinha que você faz antes de começar a correr ou antes de iniciar a musculação.

2# Alongar o músculo treinado

Aposto que você já viu alguém começar a alongar uma musculatura que acabou de treinar intensamente (quando esse alguém não é você). Mas isso é péssimo.

Quando treinamos, as fibras musculares ficam um pouco mais contraídas do que o normal. Essas fibras são formadas pelas proteínas actina e miosina, que estão ligadas uma a outra fisicamente. Após um treinamento geramos diversas micro lesões nos músculos. Agora, considerando que nossas musculaturas são como correntes, pense comigo: se após um treinamento a corrente está um pouco danificada (e sabendo que com descanso ela se recupera melhor), o que ocorre se a puxarmos? Respondendo: pioramos mais ainda a situação. Ela ficará mais danificada.

É exatamente isso que ocorre quando alongamos uma musculatura logo após um treino intenso: aumentamos ainda mais as micro lesões, fazendo com que demore mais tempo para ela se recuperar.

3# Ficar balançando

Você já viu alguém chegar ao final do alongamento e começar a fazer movimentos de ir e voltar, forçando cada vez mais o limite do alcance como se estivesse balançando? A impressão que se tem ao fazer isso é de estar aumentando a flexibilidade. No entanto, esse movimento, na verdade, é péssimo. O esforço a mais vem por meio de um movimento forte e rápido, e isso gera mais micro lesões e absolutamente nenhum benefício extra.

4# Alongar muito forte

Muitos encontram prazer na dor de alongamento. Pensam que têm que ficar lá 10-15 minutos em cada posição sofrendo o máximo possível. Isso também é contra-produtivo. É a mesma coisa que alguém gostar muito de musculação e querer fazer séries de 500 repetições. Não faça isso. Procure se manter por no máximo 3-5 minutos em cada posição e sob um desconforto mediano.

5# Tentar fazer o que não consegue

É comum, ao querer alongar uma determinada musculatura, procurar imitar alguém que já é muito flexível. Mas não é dessa forma que desenvolvemos flexibilidade. O que a gente precisa fazer é adequar os exercícios ao nosso nível. Se você não consegue encostar as mãos nos pés, não fique todo torto para conseguir fazer isso. Mantenha a coluna alinhada e procure sentir o alongamento na musculatura alvo.

6# Alongar o que está machucado

Algumas pessoas dizem que é bom alongar um local machucado. Não, isso não é bom. É o pior que se pode fazer nessa situação. Imagine que você tem uma ferida na pele. O melhor a fazer é cutucá-la com o dedo? Não. Portanto, não adianta ficar mexendo e alongando aquele local. É necessário dar tempo para a recuperação, sem alongamento e sem musculação.

7# Nunca alongar

É muito raro alguém ser hiperflexível e não necessitar alongar nunca. Por isso, você, ser humano normal, deve sim alongar frequentemente. De preferência de 2-3 vezes por semana as musculaturas que você não treinou no dia. Faça 2-3 séries de no mínimo 30 segundos em cada posição para que seja possível manter suas musculaturas e articulações saudáveis.

Lembre-se que pior do que não fazer é fazer errado. E, nesse caso, além da estética, estamos cuidando de nossa saúde.

Ricardo Wesley

O educador físico Ricardo Wesley trabalha há 10 anos com treinamento físico. Ele é especialista em Fisiologia do Exercício; tem MBA em Gestão & Estratégia Empresarial; é mestre em Ciências da Reabilitação e doutorando em Imunologia.

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