Atitude

Os sete erros fatais da comunicação de acordo com Julian Treasure

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No vasto universo da comunicação, a arte retórica ocupa um lugar de destaque. Para alguns, a capacidade de persuadir e encantar por meio das palavras é uma dádiva. Para outros, um campo minado repleto de erros a serem evitados.

O renomado especialista no assunto Julian Treasure, em seus estudos, identificou sete “pecados capitais” que podem sabotar uma comunicação eficaz. Essas falhas, aparentemente inofensivas, podem criar uma lacuna entre o orador e o ouvinte, destruindo a confiança e minando a mensagem. Vamos explorar cada uma delas.

Fofoca: O veneno da comunicação

Em nossa sociedade conectada, a fofoca tornou-se o passatempo de muitos. No entanto, Julian Treasure destaca o quanto ela pode ser prejudicial. Falando mal de alguém ausente, não apenas manchamos a imagem da pessoa, mas também corroemos nossa própria credibilidade. Assim, nossa capacidade de influenciar e ser levado a sério fica comprometida.

Lembre-se de que, ao fofocar, a mensagem subliminar é que você poderia fazer o mesmo com o ouvinte quando ele não estiver por perto.

Julgamento: A linha tênue entre opinião e preconceito

Avaliar situações e pessoas é inerente ao ser humano. No entanto, julgar precipitadamente ou sem todos os fatos é um caminho escorregadio. O julgamento, quando não fundamentado, pode ser interpretado como preconceito, diminuindo o respeito que o ouvinte tem pelo orador.

É crucial ser cuidadoso e justo ao emitir opiniões, garantindo que elas estejam bem fundamentadas. Caso contrário, você inevitavelmente incorrerá em erros básicos.

Justificativas: A armadilha do sempre ter razão

Julian Treasure adverte contra o perigo das justificativas. Elas surgem quando sentimos a necessidade de explicar nossas ações ou palavras, muitas vezes tentando desviar a culpa ou responsabilidade.

No entanto, em vez de nos proteger, as justificativas frequentemente revelam insegurança e falta de responsabilidade. Ter a coragem de admitir erros e corrigi-los é uma habilidade retórica superior.

Mentiras ou exageros: A linha entre encantar e enganar

Todos gostamos de uma boa história, e um toque de dramaticidade pode torná-la ainda mais envolvente. No entanto, há um limite. Mentir ou exagerar pode destruir a confiança do ouvinte em segundos. A verdade sempre tem um caminho de vir à tona, e quando isso acontece, a reputação do orador pode ser irremediavelmente danificada.

Dogmatismo: A falsa segurança das verdades absolutas

“Eu estou certo, e você está errado!” Esse é o grito de guerra do dogmático. Treasure nos lembra que a verdade raramente é preta e branca. A imposição de nossas crenças sem considerar outras perspectivas não é apenas arrogante, mas também limita nosso crescimento e compreensão. A verdadeira retórica envolve escuta ativa e consideração pelas ideias dos outros.

Reclamação: A sintonia constante no canal negativo

Vivemos em um mundo imperfeito e, naturalmente, há momentos em que nos sentimos insatisfeitos. No entanto, estar constantemente reclamando pode tornar nossa comunicação cansativa e repelente. Treasure sugere que, em vez de focar no negativo, procuremos soluções e formas de melhorar a situação.

Negatividade: O nublado permanente no céu retórico

Ter uma atitude negativa é como um nublado persistente que obscurece a luz da comunicação eficaz. Em vez de inspirar e motivar, a negatividade pode desanimar e desencorajar. Treasure defende que uma abordagem mais positiva e otimista pode abrir portas e criar conexões mais profundas.

Reflexões finais: Da sombra à luz

Julian Treasure, em sua sabedoria, nos oferece um mapa para navegar pelos perigos da comunicação. Estes “pecados” servem como faróis, alertando-nos dos recifes que podem naufragar nossa mensagem. Mas, ao reconhecê-los e corrigi-los, temos a oportunidade de brilhar, conectando-nos de maneira genuína e eficaz com nosso público. A arte retórica é uma jornada, e com os conselhos de Treasure, é uma jornada que todos nós podemos navegar com confiança e habilidade.

Camila Nogueira Nardelli

Leitora ávida, aficcionada por chai latte e por gatos, a socióloga Camila escreve sobre desenvolvimento pessoal aqui no El Hombre.

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