Carreira lembra corrida. E a virada do ano é uma época em que se corre muito. Uns aceleram para finalizar os últimos preparativos do Revéillon; outros para dar um upgrade no visual; há os que correm para enviar os cumprimentos e desejos de um ano melhor; mas existem também os que literalmente correm no dia 31/12.
Os atletas da São Silvestre.
Desde 1925, um evento tradicional e ao mesmo tempo inusitado é realizado no Brasil, sempre no 365º dia do ano, nas ruas de São Paulo.
Antigamente, esse encontro tinha um aspecto mais excêntrico: o início acontecia à noite, poucos minutos antes da virada do ano. Mas de uns anos para cá a famosa São Silvestre tem sido realizada durante o dia, sempre atraindo atletas e corredores anônimos de todas as regiões do Brasil e também de vários países do mundo.
Imagino que você já tenha parado diante da TV alguma vez para ver a largada da São Silvestre. Tanto na categoria masculina, quanto na feminina, partem sempre dois grupos de corredores.
Mais adiantado, temos o chamado Grupo de Elite, formado por atletas profissionais que apresentam um currículo consistente e tempos ultracompetitivos. É gente que treina constantemente, se alimenta, se veste, se calça adequadamente e que entra na corrida com um objetivo definido: ganhar a prova.
Não sei se você tem essa informação, mas eles subdividem esse grupo em Elite A e Elite B. Na faixa A estão os melhores competidores brasileiros e os respeitados quenianos, que já levaram para a África vários títulos da São Silvestre.
Após a elite, largam os amadores — pessoas que se consideram vencedoras só por estar ali. Este é o lugar para o participante que vai vestido de cangaceiro, junto ao outro com uma peruca black power azul, logo à frente de dois caras que empunham uma faixa que fala de um município que você e eu nunca ouvimos falar. E o que dizer da corredora que disputa a prova vestida de noiva?
Para todos esses, conseguir completar a corrida já será uma vitória inesquecível. Esse grupo é uma mistura de corredores de fim de semana, apreciadores de corridas de rua, malucos de plantão, exibicionistas e curiosos. Gente com objetivos diversos – menos chegar ao topo do pódio ou, pelo menos, perto dele.
Tomando a Corrida de São Silvestre como metáfora para sua carreira, responda para si próprio: em que grupo de corredores você deseja estar em 2015? Torço que você escolha o grupo de Elite — e de preferência na faixa A.
Sabemos que não será fácil chegar e permanecer no topo, mas encarar a carreira com profissionalismo, seriedade, foco e uma dose de ousadia lhe ajudarão decisivamente a alcançar este alvo — e realizar o sonho de vencer.
E para isso nós temos diversas dicas na categoria Vida Profissional. Bom ano, hombre!