Um dos caminhos mais rápidos para detonar a sua autoestima e ser infeliz é se comparar com os outros. E, ainda assim, as pessoas insistem em fazer isso, sem refletir sobre quão tóxico é este hábito. Por isso hoje decidimos falar do assunto.
Na verdade, nós já tínhamos comentado sobre o tema num post anterior, em que citamos uma frase atribuída a Hemingway: “Não há nada nobre em ser superior ao seu semelhante. A verdadeira nobreza é ser superior ao seu antigo eu.” Mas este debate é tão importante que merece mais reflexão.
Vamos aos fatos, ok? Todo mundo tem um impulso de comparação. Quando você pensa em alguém que se formou com você na faculdade, e hoje está num cargo alto ganhando mais do que você, é difícil escapar do sentimento de incompetência: “Sou um merda.”
Em geral, paramos o raciocínio por aí, sem refletir com mais profundidade: “Ei, calma aí. Onde essa comparação vai me levar?” A resposta é “lugar nenhum”. Ou, melhor, na “frustração”. Os méritos de uma pessoa não diminuem os seus. Você não sabe qual foi a trajetória dele até chegar lá. As oportunidades, as condições, os acasos.
Até mesmo se você pegar dois irmãos gêmeos — que teoricamente teriam potencial igual — eles passam por experiências individuais que vão moldar personalidades diferentes, os fazendo trilhar caminhos distintos. A vida de ninguém é igual à do outro.
Inclusive, essa idealização alheia pode nos enganar. Você não sabe o que se passa exatamente na cabeça dos outros. Até porque os fatores externos que vemos – como riqueza material – nem sempre são sinônimo de felicidade. Quem tem o dobro do seu salário não tem, necessariamente, 2x o seu mérito ou 2x a sua felicidade.
Se este sentimento de inferioridade é nocivo, o mesmo se aplica ao de superioridade. Buscar a satisfação no fato de que você tem um salário maior do que os outros, ou seus posts têm mais curtidas no Instagram, ou você é simplesmente mais bonito, também vai trazer infelicidade.
Afinal, neste caso o seu mérito só tem validade ao ser comparado com o de outra pessoa teoricamente menos bem-sucedida, e as suas conquistas por si perdem todo o valor. Isso sem contar na injustiça que você está cometendo com o outro, pois você novamente não sabe o que o levou até lá.
Se livrar deste hábito não é fácil, mas o primeiro passo é identificar o problema, o que acabamos de fazer aqui. Sempre que você cair nesta armadilha, lembre-se da frase de Hemingway: “Não há nada nobre em ser superior ao seu semelhante. A verdadeira nobreza é ser superior ao seu antigo eu.” Essa uma lição de sabedoria infinita.
Coloque na cabeça que comparações são sempre injustas (porque as pessoas são diferentes), ilusórias (não sabemos a realidade interna de cada um), gasta um tempo precioso que poderíamos estar usando na evolução pessoal e gera ressentimento em relação aos outros.
Ou seja? Temos muito a perder e nada a ganhar fazendo isso. Como Theodore Roosevelt sabiamente definiu: “A comparação é o ladrão da alegria.”
Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.
Saiba Mais