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Participamos de um bate-papo exclusivo com John Turturro, de “Batman”

Atenção senhores! O El Hombre foi convidado para um bate-papo exclusivo com o ator John Turturro e sua participação em Batman. O ator de 65 anos de idade já marcou presença em grandes produções hollywoodianas, como Irmãos de Sangue, Efeito Colateral e Transformers.

Em Batman, John Turturro interpreta o criminoso Carmine Falcone, um dos grandes inimigos do Homem-Morcego nos quadrinhos. Ele fez sua primeira aparição em Batman: Year One, escrita por Frank Miller e David Mazzucchelli, em 1987. Em um bate-papo exclusivo ao El Hombre, John Turturro fez revelações de como foi participar desse grande projeto. Confira a entrevista:

1# COMO O PAPEL DE CARMINE FALCONE CHEGOU A VOCÊ?

“Eles me ligaram e me perguntaram se eu pudesse ler o roteiro. Eu li e fui falar com Matt (diretor). Eu fui meio em cima do muro sobre fazer isso, não por causa do filme, eu estava interessado, mas não saber se eu queria interpretar esse tipo particular de personagem. E então eu tive algumas ideias – e Matt estava realmente aberto a isso. Eu notei que todo mundo tem algum tipo de máscara, então eu estava pensando, “Qual seria a minha máscara?” E então, eu li o Ano Um de Frank Miller. Quando conversamos novamente, mostrei alguns óculos que encontrei e ele gostou. Eu pensei: “Oh, bem, talvez ele esteja aberto a ter um um pouco de colaboração.” Mas eu realmente não interpretei muitos caras maus. No início da minha carreira, fiz uma certa quantia e depois eu não queria mais fazer isso. Mas por causa de todo o gênero, e porque eu gosto do Batman e meus filhos também… Eu também adorava o programa de TV quando era criança, e gostei do Zorro. Gostei da ideia de que Batman não tem superpoderes – que ele é esse cara conflitante. E a ideia de que ele estaria em transição, que ele não está totalmente formado, achei interessante”.

“Quanto mais eu falava com Matt, mais ele ficava muito, muito aberto a tentar coisas diferentes e a maneira que eu queria olhar – é assim que você pode sentir alguém. Muitos diretores querem o que querem. Mas Matt não era assim. Às vezes você explora algo que não funciona, mas que leva a algo que faz, que nenhum de vocês pensou, e isso é realmente emocionante. Matt realmente gostou do que estava acontecendo entre os atores, e eu realmente gostei de trabalhar com ele. Eu descobri que não era como um rápido trabalho de esboço, o que às vezes pode ser o caso de um filme muito grande. Foi mais detalhado do que eu até imaginava, apenas por causa de como ele deu o tom. E os cenários eram fantásticos. Eu amo filme noir e toda aquela coisa. Foi muito divertido de fazer. Ele tinha muita energia e entusiasmo. E quando você tentava algo incomum, ele percebia imediatamente. E quando alguém faz isso, você quer manter surpreendendo-os. Então, foi legal.”

2# NO PROCESSO COLABORATIVO, CONVERSANDO COM MATT, TEVE ALGUMAS DISCUSSÕES?

“Conversamos sobre toda a história. “Sou uma ótima pessoa, sou um filantropo, um altruísta, dou para instituições de caridade. Enquanto isso, faço todas essas coisas terríveis.” Os políticos fazem isso. Grandes empresários fazem isso. Mas, existem todos os tipos dos custos que estão associados. Quando estávamos fazendo escolhas nas cenas, vi que Matt estava agradecido por eu fazer pequenas coisas que o emocionava como pessoa, como artista. Você poderia dizer: “Oh meu Deus, eles estão me deixando fazer isso. Eles confiam em mim.” Ele foi realmente encorajador dessa forma. Com essa ideia da história que esse cara conta pra si mesmo, só achei que tinha mais delicadeza. E pensando bem, quanto mais delicadeza você poderia ter nele, se há algo que sai disso – é surpreendente. Você fica tipo, “Oh meu Deus, eu não esperava que essa pessoa fizesse isso, fosse assim”. Então, é tipo, “Eu sou o cara mau, mas…”

Fazendo essas pequenas escolhas, quando eu fazia algo, Matt estava ciente disso e dizia: “Ei, você quer assistir novamente [nos monitores]?” Então, ele me incluiu no processo – ele teve a generosidade para fazer isso. Foi uma experiência agradável. E eu vou dizer, eu trabalharia com ele novamente”, completou Turturro.

bate-papo exclusivo John Turturro
Robert Pattinson e John Turturro em cena de “Batman”

3# O QUE VOCÊ ACHA SOBRE OS VILÕES DA DC COMICS E OS CRIMINOSOS DE GOTHAM? E O QUE TORNA ESSE MUNDO TÃO INTRIGANTE, NÃO APENAS PARA OS ESPECTADORES, MAS TAMBÉM PARA OS ATORES QUE INTERPRETAM?

“Bem, eu acho que eles criam esses personagens como párias da sociedade. Os quadrinhos da década de 1930 tem coisas como Arkham Asylum, por exemplo, com essa noção de forasteiros. E combinaram isso com o gênero gângster dos anos 30. Os primeiros vilões são mais desse tipo. Há uma espécie de inocência para aqueles quadrinhos anteriores, mas também há algo alicerçado neles. Acho que tudo isso é uma interessante combinação. É um gênero que as pessoas levam muito a sério.”

4# COMO FOI TRABALHAR COM ROBERT PATTINSON, ZOË KRAVITZ E COLIN FARRELL?

“Robert basicamente fez a maioria das nossas coisas como Bruce Wayne. Então, quando ele era o Batman, eu ficava um pouco desconcertado – tipo, “Uau, na verdade estou em um filme do Batman”. E Zoë, eu tive algumas cenas muito interessantes com ela. Eu realmente me dei bem com ela. Também a conheci um pouco. E eu pensei que a combinação deles juntos era algo realmente incomum, uma combinação muito interessante. Gostei de trabalhar com os dois. Já Colin, eu nem reconheci. Eu gosto muito dele. Ele é um cara doce e eu achei que ele estava ótimo – fazendo um ótimo trabalho. Quero dizer, foi incrível. De perto, você não poderia dizer que ele estava maquiado, acredite.”

5# VOCÊ ACHA QUE HÁ UMA DUALIDADE DENTRO DE CADA PERSONAGEM? E MATT DEU ESPAÇO PARA TRABALHAR ISSO?

“Sim. Por isso eu realmente queria ter meu próprio tipo de “máscara” também. Essa é a ideia, de que você está jogando fora a dualidade dos outros personagens.”

6# O QUE VOCÊ ESPERA QUE O PÚBLICO TIRE DO FILME?

“Oh, eu acho que você pode se divertir, mas também vai te fazer pensar um pouco em um maneira mitológica. Acho que todo mundo quer heróis. Os movimentos e mudanças reais geralmente são feitos por pessoas que se reúnem e grupos que o movem, mas toda a história dos deuses e da mitologia é diferente. E acho que isso está meio que conectado de algumas maneiras. Mas, você quer que as pessoas se envolvam. Gosto muito do elenco e estou feliz por fazer parte dele.”

7# HÁ O ELEMENTO HUMANO NO CENTRO DO TRABALHO DE MATT, QUE É REVIGORANTE E ENERGIZANTE. E ACHO QUE VOCÊ REALMENTE É A PESSOA CERTA PARA ESSE TRABALHO.

“Ah, fico muito feliz em ouvir isso. Obrigado”

Obrigado Warner Bros. Pictures pelo convite para esse bate-papo exclusivo com John Turturro. E só para lembrar, Batman estreia dia 03 de março nos cinemas.

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Erik Wallker
Erik Wallker
É o "viking geek" do El Hombre! Apaixonado por filmes e coleções, viaja em cada frame que é captado por seus olhos no cinema.