Muitas pessoas são preocupadas com o meio ambiente, mas acham que nada podem fazer pelo tamanho do problema — e que uma andorinha só não faz verão. Mas com pequenas atitudes e mudanças de hábitos, todos nós podemos ajudar a manter a saúde do planeta e dos seres vivos que nele habitam.
É fundamental diminuir a pegada ecológica que cada pessoa deixa atrás de si. E pensando nisso, a primeira ideia que nos vêm à mente é nossa locomoção. Por isso, vou dar-lhe a primeira sugestão: abandonar o carro na garagem e pegar uma “magrela” para ir ao trabalho, além das demais deslocações pela cidade.
Pedalo desde os 10 anos de idade. Tudo começou pegando a bicicleta de meu pai às escondidas. A partir daí, ela fez parte de minha vida, uma verdadeira paixão. Fiquei sem pedalar durante alguns intervalos de tempo, por questões de mudança de rotina. Mas volta e meia lá estava eu, de novo usando a bicicleta para idas e vindas.
Hoje com 71 anos continuo pedalando, motivado por desafios, por lazer, por saúde e por interação social.
Pedalar me traz bem estar. Melhora o condicionamento físico, diminui o estresse, aumenta os neurônios. As sinapses se conectam melhor. Enfim, a condição de saúde em geral será sempre mais preservada.
Quando descobri a mountain bike, comecei a fazer pequenas viagens dentro do município, trilhas na zona rural. E a convite de amigos, também fiz algumas viagens ciclo-turísticas. Considerava estes períodos sabáticos. Pedalei em grupos, mas durante os percursos, em diversos momentos fica-se só, aproveitando para meditar e conectar com a natureza.
No Brasil existe vários percursos para viagens em bicicleta. O mais conhecido é o Caminho da Fé, que foi fundado no começo da década de 2000. Alguns o fazem por fé, outros por lazer, outros ainda para superação. Confesso que tive todas estas experiências. Pedalei também a Estrada Real, dois anos atrás. São 700 km de Ouro Preto a Parati. Experiência inesquecível. Coisa pra levar pra vida.
E por que escrevo este pequeno texto? Não estou me vangloriando de minhas pequenas aventuras. Quero deixar aqui um incentivo a que todas as pessoas que por acaso lerem, para (quem sabe) começar também uma relação de amor com a magrela.
Não precisa ser um um “brutimais” (no jargão do ciclismo, um ciclista radical ), “quebrar” numa piramba, nem pedalar 100 “ka eme” num único dia. Nem se envergonhar de ser um “peba” [iniciante], porque todo ciclista começa como um “peba”. Comece pedalando pela cidade e em pouco tempo estará dominando o modal, sentando a bota.
Bom, deixei aqui algumas impressões sobre minha relação com a magrela. E a mensagem que quero deixar é a seguinte: nunca é tarde para começar.
Voltarei com novos papos sobre o assunto, que é inesgotável. Copiou, maluco?
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