Pequim sediou, agora em abril, a primeira meia-maratona do mundo a contar com a participação de robôs humanoides. A corrida, realizada no distrito de Yizhuang, contou com 21 robôs e cerca de 12 mil corredores humanos, cada grupo em pistas separadas. O evento teve como objetivo demonstrar os avanços da China na área de robótica e inteligência artificial.
O destaque da competição foi o robô Tiangong Ultra, desenvolvido pelo Centro de Inovação de Robôs Humanoides de Pequim. Ele completou os 21 quilômetros em 2 horas e 40 minutos, tornando-se o primeiro robô bípede a concluir uma meia-maratona. Apesar do feito, o tempo ainda está distante dos melhores tempos humanos, como o recorde mundial de 57 minutos e 31 segundos.
Dos 21 robôs que iniciaram a prova, apenas seis conseguiram cruzar a linha de chegada. Muitos enfrentaram dificuldades técnicas, como quedas, superaquecimento e falhas de navegação. Alguns precisaram de assistência humana para continuar, incluindo trocas de bateria durante o percurso.
O Tiangong Ultra, por exemplo, teve sua bateria substituída três vezes ao longo da corrida. Segundo os organizadores, essas intervenções foram permitidas, pois o objetivo principal era testar a resistência e a estabilidade dos robôs em condições reais de uso.
A participação dos robôs na meia-maratona reflete o investimento da China no desenvolvimento de tecnologias avançadas. Empresas como Noetix Robotics e DroidVP estiveram envolvidas na criação dos robôs participantes, que variavam em altura e peso, mas todos com a capacidade de se locomover de forma bípede.
O evento também serviu como plataforma para testar algoritmos de locomoção, sistemas de dissipação de calor e durabilidade de componentes. A presença de robôs em uma atividade tradicionalmente humana simboliza a integração crescente da robótica no cotidiano.
Especialistas apontam que, embora os robôs ainda estejam longe de igualar o desempenho humano em corridas, a realização de eventos como este é crucial para o avanço da tecnologia. A capacidade de um robô completar uma meia-maratona representa um marco significativo na engenharia robótica.
A expectativa é que, com o tempo, os robôs se tornem mais autônomos e eficientes, podendo ser aplicados em diversas áreas, desde assistência a idosos até operações em ambientes perigosos. A meia-maratona de Pequim marca o início de uma nova era na interação entre humanos e máquinas.
• O Tiangong Ultra é equipado com algoritmos que imitam a corrida humana, permitindo melhor equilíbrio e eficiência energética.
• A meia-maratona de 21 km é uma das provas mais populares no atletismo, exigindo resistência e estratégia dos participantes.
• A robótica chinesa tem se destacado globalmente, com investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias avançadas.
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