Pessoas diferentes só dão certo no amor na ficção romântica.
É uma de minhas sete convicções testadas e comprovadas sobre relacionamento. A moral da história do filme ao pé deste texto é exatamente esta. É uma refilmagem americana de O Acossado, de Godard. Tão boa quanto o original do mestre da nouvelle vague.
Um gatuno se apaixona por uma jovem bem colocada. Ela por ele. Termina como você pode ver abaixo. Num gesto de desespero e autopreservação, ela o denuncia à polícia.
Teria sido uma união tenebrosa. Ela optou pelo remorso, e largou um amor que fatalmente a arruinaria.
Gosto dessa cena. Concordo com quem a colocou no YouTube. É provavelmente o maior momento de Richard Gere no cinema.
O piano doce misturado com o rock de Jerry Lee Lewis, o entusiasmo e depois a perplexidade do perseguido, o olhar que o casal troca como numa despedida, o grito dela tardio.
E a dança. O sapateado. A camisa aberta e a calça xadrez de liquidação de magazine. A sirene e o carro da polícia, o revólver no ar. E o fim.
Não, não dá certo.
A moral da história de Breathless é sábia como Tio Fabio, Deus o tenha.
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